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Recuo de juros nos EUA atrai 'gringos'

Uma vez superada a 'debandada' de R$ 15 bilhões de recursos estrangeiros da bolsa de valores brasileira, parece que os 'gringos' têm a intenção de focar seus investimentos em ações de empresas brasileiras, diante da perspectiva de redução dos juros pelo Federal Reserve (o bc ianque) nos EUA.

Ainda assim, a estimativa da B3 (B3SA3) é de que a saída de recursos externos do país no primeiro trimestre do ano (1T24) deva ser a maior já registrada, desde 2020, como reflexo da perda de atratividade de papéis ligados a commodities, como é o caso da Vale (VALE3) e da Petrobras (PETR4). No caso específico da mineradora, o fator de maior peso seria a inconsistência da retomada econômica da China, maior produtora mundial de aço.

Para o sócio fundador da Veedha Investimentos. Rodrigo Moliterno, "a atratividade das empresas cíclicas pode vir a se potencializar por serem mais sensíveis a juros, com os cortes na Selic, e enquanto o ciclo de commodities está mais complexo".

A tendência favorável ao mercado de capitais tupiniquim pode ser precificada pela decisão do Itaú BBA, de elevar, nesta semana, a recomendação ao setor de consumo discricionário para overweight (equivalente a compra), ao admitir melhora na economia doméstica, ao mesmo tempo em que a equipe macro revisou, de 1,8% para 2% sua previsão para o crescimento do PIB este ano.

Relatório do Bank of America (BofA) observa a persistência de uma 'falta de apetite' dos investidores por commodities, devido ao fraco desempenho do minério de ferro no acumulado do ano, além do não pagamento de dividendos extraordinários pela Petrobras.

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