Embora ainda prevaleça a estabilidade do nível de ocupação tupiniquim, alguns grupos de atividade, cobertos pela PNAD Contínua, tiveram redução, caso da agropecuária, administração pública, saúde e educação, exceto os transportes. "Isso pode estar ligado à redução do contingente de trabalhadores em algumas lavouras, como as culturas do milho e do café", acentuou Adriana.
Ao lembrar que, em comum, administração Pública, saúde, educação exibem um padrão de sazonalidade, a coordenadora do IBGE comenta que, "nesse grupamento, no final do ano ocorre a dispensa de servidores com contratos temporários de profissionais da educação básica no setor público. Esses setores voltam a contratar quando as aulas recomeçam, principalmente depois de fevereiro".
Em contraste, o contingente ocupado no grupo Transportes Armazenagem e Correio subiu 5,1% na comparação trimestral, ou mais 285 mil pessoas trabalhando no setor. "Temos observado um crescimento da ocupação no transporte de carga e também na parte de armazenamento", afirma Adriana.
Recorde - Enquanto a taxa de desocupação aumenta e o pessoal ocupado fica estável, os empregos com carteira assinada batem recorde, atingindo 37,995 milhões, no trimestre fechado em fevereiro último, maior valor da série histórica da Pnad Contínua, iniciada pelo IBGE.
Se considerado o trimestre anterior (encerrado em novembro do ano passado), a expansão do contingente com carteira assinada cresceu 0,7%, dado que o instituto considera não ser "uma variação estatisticamente relevante" e significa "estabilidade". (M.S.)
