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Sangria externa da bolsa bate R$ 21,2 bi

Por Marcello Sigwalt

O conjunto 'malvadão' de juros renitentemente altos nos EUA, China em crise e falas 'desastradas' do ocupante do Planalto produziu uma 'sangria' que já soma R$ 21,2 bilhões de sangria de investidores estrangeiros, em debandada da bolsa de valores brasileira, desde o início do ano.

Caso persista tal cenário adverso, a previsão é de que o mercado de renda variável do país deverá registrar no primeiro trimestre (1T24), o pior desempenho para o período, desde 2020, quando a pandemia da covid-19 impôs uma perda de recursos que totalizou R$ 64,3 bilhões.

Neste início de 2024, essa tendência negativa de fatores, tanto externos, quanto internos, como a persistência dos juros ianques em patamar elevado (5,25% a 5,50%), para 'domar a inflação local (acima de 2%); a fraca retomada econômica da China e, internamente, os problemas evitáveis da verborragia do mandatário petista.

Na virada deste ano, a perspectiva de flexibilização monetária do Federal Reserve (bc estadunidense), que animou o mercado, mudou para uma postura mais moderada da autoridade monetária daquele país, que reviu, de 1,4% para 2,1% o crescimento do PIB ianque. Ou seja, juros em queda lenta exercem atratividade imbatível entre os investidores.

Para a economista-chefe da Principal Claritas, Marcela Rocha, "houve uma mudança muito abrupta das expectativas de corte das taxas de juros nos Estados Unidos. E foi uma mudança guiada por um otimismo com os EUA".

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