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Fazenda reitera avanço de 2,2% do PIB

Governo manteve previsão de alta do PIB em 2024 | Foto: Divulgação

Idiana Tomazelli (Folhapress)

A SPE (Secretaria de Política Econômica) do Ministério da Fazenda manteve sua estimativa para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2024 em 2,2%, segundo boletim divulgado nesta quinta-feira (21).

Apesar de não haver alteração no cenário agregado, o órgão indicou uma mudança nos fatores que devem puxar esse desempenho da economia brasileira.

Enquanto a redução nos prognósticos de safra para 2024 levaram à revisão negativa do PIB agropecuário, o governo vê indícios de que indústria e serviços exibirão dinâmica mais pujante no ano.

A expectativa é de que o PIB da indústria cresça 2,5%, e o PIB de serviços, 2,4%. No último boletim, divulgado em novembro de 2023, essas estimativas eram de 2,4% e 2,2%, respectivamente.

Segundo a SPE, a redução da taxa básica de juros, a Selic, e as medidas de estímulo ao crédito e à compra de máquinas e equipamentos (por meio da chamada depreciação acelerada) devem ajudar a impulsionar a indústria de transformação.

A construção, por sua vez, deve se beneficiar do bom desempenho do setor e também da retomada de estímulos para a compra de moradias pela população de baixa renda.

No setor de serviços, o governo espera uma expansão relevante do consumo por parte das famílias, após a redução no endividamento de parte delas por meio do programa Desenrola Brasil, que facilitou as renegociações.

"Com a redução da inadimplência, em paralelo à queda nos juros, já se percebe avanço nas concessões de crédito a pessoas físicas no início de 2024, cenário que deverá impulsionar as taxas de crescimento de atividades como o comércio e outras atividades de serviços", diz o relatório.

O pagamento de sentenças judiciais antes represadas também contribuiu, segundo a SPE, para injetar recursos na economia e deve ter reflexos no desempenho dos serviços.

O governo antes esperava uma alta de 0,5% na atividade agropecuária neste ano. Agora, a projeção é de uma queda de 1,3%.

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