Somente em 2022, ao menos 34,4% das empresas industriais, de médio e grande portes, com 100 ou mais pessoas ocupadas responderam por investimentos no montante de R$ 36,9 bilhões em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) no país, enquanto nos setores de equipamentos de informática, produtos químicos, farmacêutica e farmoquímica, tal participação atingiu 60%. Já no caso do segmento empresarial com 500 ou mais pessoas ocupadas, o investimento foi realizado por 86,3% das companhias.
Esses dados fazem parte da Pesquisa de Inovação Semestral 2022: Indicadores Básicos, decorrentes de parceria entre a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), divulgados nesta quarta-feira (20), pelo IBGE, com as presenças do presidente do IBGE, Marcio Pochmann e do presidente da ABDI (Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Cappelli.
O estudo também aponta que, em 2022, 39,8% das empresas inovadoras manifestaram a intenção de elevar os investimentos em atividades internas de P&D em 2023, patamar elevado para 50,8%, para este ano.
No que toca à taxa de inovação, em 2022, esta chegou a 68,1%, em que 33% desse total corresponderam a novos produtos e processos de negócios, simultaneamente. Entre as empresas de grande porte (com 500 ou mais pessoas ocupadas), a taxa de inovação é a maior registrada, equivalente a 77%, com destaque para a liderança do setor de máquinas e equipamentos, com taxa de inovação de 89,3%, seguido por equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos (87,5%) e por produtos químicos (84,7%).
Para o gerente de Pesquisas Temáticas do IBGE, Flávio José Marques Peixoto, "vale destacar que as atividades com maiores proporções de empresas inovadoras que realizaram dispêndios em atividades internas de P&D foram as mesmas que, de forma proporcional, mais investiram, ante o total de empresas: Fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (92,9%), Fabricação de produtos químicos (74,1%) e Fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (68,8%)".
