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Projeção do PIB neste ano sobe de 1,78% para 1,80%

Avanço da economia em 2024 tem sido marcada pelo gradualismo | Foto: Divulgação

Por Marcello Sigwalt

Mediante números mais 'robustos' de crescimento do varejo e dos serviços em janeiro deste ano, aumentou, também, o otimismo do mercado financeiro em relação ao desempenho da economia este ano.

É o que mostra o boletim Focus - consulta do Banco Central (BC) às 100 maiores instituições financeiras do país - que projeta um avanço moderado do PIB, de 1,78% para 1,80%. No entanto, considerando as 71 respostas, recebidas nos últimos cinco dias, houve um 'tombo' de 1,90% para 1,80% nas projeções. Para o ano que vem, a previsão se manteve em 2%, como há 14 semanas, mesmo patamar de 2026, pela 32ª semana consecutiva, e para 2027, por 34 semanas.

Enquanto que para o Ministério da Fazenda, a estimativa para o PIB é de 2,2%, a expectativa do Banco Central (BC), conforme o Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado em dezembro, deve ficar em 1,7%.

No capítulo da carestia, para analistas de mercado, a previsão é de que o IPCA (Índice Nacional Preços ao Consumidor Amplo) encerre o ano em 3,79% e não mais em 3,77%, correspondendo à segunda alta seguida do indicador. Se mantido neste patamar, o indicador se insere na meta central de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 3% para este ano, o que significaria seu cumprimento, considerando um intervalo entre 1,5% (piso) e 4,5% (teto). Para o ano que vem, a estimativa também avançou de 3,51% para 3,52% na última semana.

No que toca ao custo do dinheiro, a 'aposta' do mercado financeiro é de que a Selic (taxa básica de juros) caia dos atuais 11,25% ao ano para 9%, como afirmado anteriormente. Não há perspectiva, diante do repique inflacionário, de redução mais célere da taxa por parte do BC. Para o fim de 2025, a expectativa é de que a Selic feche em 8,5% ao ano.

Nas contas externas, a previsão da balança comercial brasileira caiu US$ 82 bilhões para US$ 81 bilhões de superávit em 2024. Para 2025, ela também recuou de US$ 74,6 bilhões para US$ 74,1 bilhões.

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