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Mercado 'aposta' em PIB maior no 1T24

Em que pese a redução do ritmo de atividade - sinalizada pela prévia do PIB (IBC-Br) de janeiro, que cresceu 0,60% em janeiro, após avançar 0,82% em dezembro, segundo o Banco Central (BC) - economistas entendem ser 'possível' que o PIB cresça mais do que o esperado no primeiro trimestre deste ano (1T24).

Como fatores determinantes para a superação de estimativas, especialistas apontam: o crescimento maior do setor de serviços do que o previsto; a força das vendas do varejo e o avanço do contingente empregado, segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, sistema do governo federal).

Tais variáveis, no entanto, podem vir acompanhadas pelo aumento da pressão inflacionária, a exemplo do avanço do IPCA (índice oficial de inflação), de 0,42% em janeiro, para 0,83%, em fevereiro último.

Além do setor varejista registrar alta além da projetada inicialmente, o de serviços também superou a expectativa, ao subir 0,7%, trajetória que reflete, segundo os economistas, o aquecimento do mercado de trabalho e dos ganhos salariais, o que 'turbina' para cima as projeções em relação ao PIB. Tal tendência é reforçada pela criação maior do que o esperado de vagas formais de emprego em janeiro, segundo o Caged.

Ao destacar os dados mais fortes que o projetado em janeiro e a revisão para cima de dados anterior, o chefe de pesquisa macroeconômica da Kínitro Capital, João Savignon, entende que "a alta foi disseminada e a única queda do mês, em serviços prestados às famílias, pareceu ser mais uma acomodação das altas de meses anteriores".

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