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Brasileiro fica no escuro mais de 10 horas

Apagões foram motivados, muitas vezes, por tempestades | Foto: Divulgação

Somando todos os apagões de 2023 (muito deles, provocados por tempestades), o consumidor brasileiro ficou nada menos do que 10,4 horas, em média, sem energia elétrica (correspondente a cinco cortes no fornecimento do insumo no ano), revela estudo divulgado, nesta segunda-feira (18) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

O dado do ano passado - que resulta da combinação de fatores, como tempo, número de eventos de interrupções, divididos pelo total de consumidores - só não é maior do que o apresentado em 2022, quando o brasileiro ficou 11,2 horas sem energia, correspondentes a 5,47 cortes de fornecimento, em média para cada um.

Apesar da redução moderada dos incidentes, segundo a avaliação da Aneel, teria havido 'melhoria na qualidade prestação de serviço, no biênio 2022 e 2023, mediante "redução no tempo médio e na frequência das quedas de energia".

De outro ponto de vista, em que pese a redução do tempo sem eletricidade, as distribuidoras que apresentaram níveis elevados de interrupção de energia tiveram que arcar com um volume maior de compensações à agência, no ano passado. Em 2023, as concessionárias pagaram R$ 1,08 bilhão à agência reguladora, contra R$ 765 milhões em 2022.

A metodologia de compensação promovida pelas distribuidoras ocorre por meio de descontos na conta da luz. Na interpretação da autarquia, o aumento dos valores decorre "do aperfeiçoamento das regras de compensação para destinar mais valores a consumidores com 'piores níveis de continuidade'".

Para elaboração do ranking de avaliação das grandes distribuidoras de energia, a Aneel leva em conta o tempo médio em que cada unidade consumidora ficou sem energia, assim como o número médio de interrupções ocorridas. Como cada empresa possui uma meta de desempenho, cabe à agência avaliar se os critérios foram cumpridos.

Para efeito de avaliação, apenas distribuidoras com mais de 400 mil consumidores teriam passado pelo crivo da Aneel. Enquanto a melhor avaliada foi a CPFL Santa Cruz (interior paulista), a pior foi a Equatorial Goiás. (M.S.)

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