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Negativa de estatal é 'péssima notícia'

Uma péssima notícia para a bolsa brasileira. Assim classificou o conselheiro independente da Petrobras, Marcelo Mesquita a decisão da estatal, de não pagar os dividendos extraordinários aos seus acionistas, o que redundou em um 'rombo' de 50 bilhões no valor de mercado da petroleira, cujas ações ordinárias acumulam perda de quase 10%, desde a última sexta-feira (8), alimentando a volatilidade e a queda do Ibovespa.

Pondo o 'dedo na ferida', Mesquita considera 'errado' o governo, como controlador, tornar o tema em debate público. "Não dá para ficar dizendo, ora que vai pagar, ora que não quer pagar [os dividendos], gerando volatilidade em uma ação que representa quase 15% do índice. Isso é péssimo para a bolsa, para o país e para a empresa", disparou o conselheiro, ao site IM Business.

Na verdade, a 'treta' palaciana com os dividendos não é de hoje. Desde o início de seu terceiro mandato, o mandatário petista já havia feito 'ameaças' contra o pagamento de dividendos, alegando que a geração de caixa da estatal deve financiar investimentos com capital próprio, e não o 'repasse' de lucros aos acionistas.

Mesquita avalia que "não é como se a empresa não estivesse investindo por pagar dividendos. O capital para investimento da Petrobras é brutal. São US$ 15 bilhões por ano. É o maior investimento de uma empresa na América Latina", revelou.

Para o conselheiro, como controlador, o governo poderia usar os proventos para abater a dívida pública. "Quando você abate a dívida pública, você permite que a Selic caia e a emissão de mais dívida pública, para outras finalidades.

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