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Com precatórios, déficit supera R$ 61 bi

Sob o peso de 'aumentos extraordinários' nas despesas com pagamentos de precatórios, o resultado primário do governo central deverá apresentar um déficit de R$ 61,263 bilhões em fevereiro deste ano, mesmo com o avanço de dois dígitos da receita líquida, no mês passado.

A previsão integra o estudo Carta de Conjuntura do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), divulgado pelo instituto, nesta quarta-feira (13).

Ao mesmo tempo, o Ipea prevê que a receita líquida do governo central atingirá R$ 129,8 bilhões em fevereiro último, ou alta de 20,8% ante igual mês do ano passado, descontada a inflação do período. Já a despesa somou R$ 191 bilhões mês passado, subindo 27,5%, no comparativo anual.

Os dados da Carta de Conjuntura do Ipea se baseiam em dados da execução orçamentária, registrados no Siafi e obtidos pelo Tesouro Gerencial, que se aproximam dos dados oficiais relativos ao resultado primário que será divulgado posteriormente pela Secretaria do Tesouro Nacional".

Em outro foco do estudo, igualmente em fevereiro, a receita total teve crescimento real de 17,5%, no comparativo anual, para R$ 188,505 bilhões.

"Isso se deu em função do bom desempenho da arrecadação, tanto das receitas administradas pela Receita Federal, expansão de 18,2%, como das não administradas pela RFB, com aumento de arrecadação de 61%, sempre em termos reais", assinalam os pesquisadores Sergio Ferreira e Felipe Martins, da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada do Ipea, na Carta de Conjuntura.

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