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Salto do IPCA em fevereiro põe 'em xeque' cortes da Selic

Tendência ascendente do indicador inflacionário ameaça afrouxamento monetário | Foto: Divulgação

Por Marcello Sigwalt

Resiliente e nunca, de fato, declinante, a inflação brasileira 'dobrou a aposta', literalmente crescendo de 0,42% em janeiro, para 0,83% em fevereiro último, enquanto acende o alerta vermelho do mercado quanto à possibilidade de o Banco Central (BC), por conta do repique inflacionário, adotar uma postura ainda mais gradualista para o corte da taxa básica de juros (Selic), hoje em 11,25% ao ano, cuja meta, agora incerta, era chegar ao final deste ano a 9% ao ano.

Para o salto da carestia, uma vez mais, a Educação exerceu o papel de pressão sobre o indicador, nesse início do ano, ao subir 4,98% e responder pelo maior peso (0,29 pontos percentuais - p.p.) no resultado geral, com maior contribuição dos cursos regulares, reajustados em 6,13%.

Os dados se referem ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado, nessa terça-feira (12), pelo IBGE, ao apontar que o índice oficial de inflação acumula alta de 1,25% e de 4,50%, nos últimos 12 meses, patamar que 'bate no teto' da meta de inflação para este ano, de igual percentual.

A prevalência altista também está presente nos grupos, em que a maioria (sete do nove pesquisados) apresentaram elevação no mês passado. "Esse resultado se deve aos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo", explica o gerente da pesquisa, André Almeida.

Por itens, a pesquisa do IBGE constatou que as maiores elevações de preço corresponderam ao ensino médio (8,51%); ensino fundamental (8,24%); pré-escola (8,05%) e creche (6,03%), sem contar o curso técnico (6,14%), ensino superior (3,81%) e pós-graduação (2,76%).

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