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Produção industrial deve voltar a crescer

Em que pese o recuo de 1,6% da produção industrial, em janeiro último - que interrompeu uma sequência de cinco meses seguidos de alta, economistas, mesmo admitindo a sazonalidade desta queda, observam 'sinais' de retomada da atividade pela indústria, em dados desagregados, além do fato de que o comportamento entre seus segmentos é desigual.

De toda sorte, a expectativa predominante entre os analistas é no sentido de que uma expansão mais significativa do setor é muito improvável, ante a constatação de que o ritmo gradual dos juros deverá se manter ao longo deste ano.

A heterogeneidade de desempenho no setor é realçada pelo chefe de pesquisa macroeconômica da Kinitro, João Savignon, pois, enquanto alguns segmentos mostram forte crescimento, e outros apresentam retrações relevantes. "Quando comparamos com o período pré-pandemia, isso fica evidente. A indústria como um todo está agora 0,8% abaixo desse nível, mas temos as indústrias extrativas operando 5,8% acima e a de transformação 2,0% abaixo", explica.

Apesar da disparidade de desempenho, a Kinitro projeta resultados melhores para 2024. Savignon entende que "a manutenção dos cortes de juros, a taxa de câmbio bem-comportada e políticas de estímulo à infraestrutura colaboram para essa perspectiva, a partir do afrouxamento das condições financeiras e creditícias no país ao longo do ano".

Na mesma direção, o economista da XP, Rodolfo Margato assinala que há 'sinais encorajadores' em alguns segmentos, ao argumentar que os dados de janeiro mostram uma dinâmica 'um pouco melhor' da indústria de transformação. (M.S.)

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