Por Marcello Sigwalt
Maior ciclo de investimento da indústria automobilística da história, o montante de aportes pelas montadoras instaladas no país deverá totalizar R$ 95 bilhões até 2032, aí incluído o anúncio recente da Stellantis (detentora das marcas Fiat, Jeep, Peugeot, Citroën e RAM), que aportará outros R$ 30 bilhões até 2030.
A previsão, porém, poderá ser mais 'elástica', a depender dos cálculos da Anfavea, que projeta aportes que totalizam R$ 117 bilhões, até 2029.
Pelo viés federal, o governo petista criou um programa de apoio à indústria automotiva (Mover, sigla para Mobilidade Verde) - com duração até 2028 - pelo qual serão liberados financiamentos no total de R$ 19,3 bilhões para produção de automóveis mais seguros e menos poluentes.
No caso da Stellantis, os investimentos da montadora não foram motivados, apenas, pelo Mover, mas da prorrogação dos incentivos regionais contemplados pela sua fábrica em Pernambuco. Após uma 'queda de braço' com concorrentes, a Stellantis garantiu cerca de R$ 7,4 bilhões em benefícios, para sua unidade na cidade de Goiana.
Em seu planejamento para os próximos seis anos, o grupo Stellantis pretende investir R$ 30 bilhões no lançamento de 40 produtos, o que inclui seus primeiros carros híbridos produzidos no País, nas unidades de Betim (MG), Porto Real (RJ) e Goiana (PE).
Antes da Stellantis, porém, a Toyota anunciou investimento de R$ 11 bilhões, até 2030, na ampliação da oferta de automóveis híbridos flex, tecnologia pioneira da montadora japonesa, que combina motor à combustão movido à gasolina e etanol com elétrico.
