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Juros reais em convergência com exterior

Ao comentar as perspectivas de flexibilização monetária no país, Campos Neto assinalou que, embora elevados, os juros reais no país vêm reduzindo sua diferença em relação a outros países.

Já em relação ao quadro fiscal, ele admitiu que as projeções do mercado continuam 'ruins', embora, otimista, acredite que o governo 'tenha condições de entregar um resultado que surpreenda para melhor'.

Ainda durante sua participação na Associação Comercial de São Paulo, o chefe do BC, comentou que, após um processo coordenado de juros pelos bc's no mundo, "a inflação vem caindo globalmente", mas ele ressalva que os chamados 'núcleos de inflação' - isto é, aqueles que não levam em conta preços mais voláteis, como de alimentos e de energia - "essa queda tem sido bem mais lenta, pois tais núcleos ainda estão bastante altos".

Nesse aspecto, o presidente do BC acentua que o Brasil "foi um dos países onde teve a queda dos núcleos mais acentuada e, apesar de ainda estarem acima da meta, estão em processo de convergência".

Ao abordar, em específico, a inflação dos serviços, mais resiliente que a dos demais setores, Campos Neto observou que o "o desemprego também está baixo em outros países. Está bem baixo nos Estados Unidos, na Austrália e em grande parte da Europa. Então isso faz com que você tenha uma atenção especial para a inflação de serviços, porque [essa inflação] é intensiva em mão de obra. Na inflação mundial, a parte de serviços está bastante alta", admitiu. Por fim, Campos Neto reconheceu que o crescimento dos riscos geopolíticos podem afetar o processo desinflacionário mundial.

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