Por Marcello Sigwalt
Com recuo de 0,7 ponto, no comparativo anual, a taxa de desocupação no país atingiu 7,6% em janeiro último, mesmo percentual registrado no trimestre móvel anterior (agosto a outubro de 2023), mas uma 'ligeira' alta, ante o trimestre concluído em dezembro do ano passado, quando esta bateu 7,4%. É o que indicam dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados, nessa quinta-feira (29), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Como resultante, o contingente da população em busca de trabalho chegou a 8,3 milhões de pessoas.
A sazonalidade do mercado de trabalho é apontada pelo estudo como o fator determinante da relativa estabilidade da taxa de desocupação, no comparativo trimestral, em que houve recuo do nível de desemprego no final do ano passado.
"Há uma tendência sazonal. Em alguns anos, essa sazonalidade pode ser maior, ou menor. Nessa entrada do ano de 2024, o que a gente percebe é uma estabilidade, justamente porque a população desocupada não teve expansão tão significativa nesse trimestre encerrado em janeiro de 2024", avalia a coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy,
Outra conclusão relevante da Pnad Continua é que a população ocupada do país totalizou 100,6 milhões de trabalhadores, o que corresponde a uma alta de 0,4% (mais 387 mil pessoas) ante o último trimestre móvel anterior já citado, e de 2,0% (mais 1,957 milhão de pessoas) no ano.
Por grupos de atividade, as maiores contribuições de alta (levando em conta o mesmo comparativo trimestral já mencionado), couberam ao 'Transporte, armazenagem e correio' (4,5%, ou mais 247 mil pessoas), 'Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas' (1,9%, ou mais 241 mil pessoas) e 'Outros serviços' (3,1%, ou mais 164 mil pessoas).
Segundo a coordenador da FGV, os segmentos citados é que responderam pelo aumento da população ocupada.
