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Haddad cobra taxação de super-ricos

Por Júlia Moura (Folhapress)

Na abertura do último dia de reuniões do G20 em São Paulo, nesta quinta-feira (29), o ministro Fernando Haddad (Fazenda) voltou a defender um tributo mínimo global para os super-ricos.

"Se agirmos juntos, nós temos a capacidade de fazer com que esses poucos indivíduos deem sua contribuição para nossas sociedades e para o desenvolvimento sustentável do planeta", afirmou Haddad.

Após ter negativado para Covid-19, o ministro compareceu presencialmente ao evento, que reúne ministros da Economia e presidentes de Bancos Centrais de países membros e convidados.

Os pilares do acordo de Imposto Mínimo Global, promovido pela OCDE, fixam um imposto total mínimo de 15% para gigantes multinacionais, nos países em que atuam e em suas sedes.

A tributação mínima global dos super-ricos, de modo a evitar evasão fiscal, seria o terceiro pilar proposta pelo país ao G20.

Em seu discurso, o ministro apontou que o último relatório do observatório fiscal europeu sobre evasão fiscal demonstrou que bilionários pagam uma alíquota efetiva de impostos de, no máximo, 0,5% de sua riqueza.

"Soluções efetivas para que os super-ricos paguem sua justa contribuição em impostos dependem de cooperação internacional", disse Haddad nesta quinta (29).

Para sustentar a ideia, o ministro trouxe à reunião o economista francês Gabriel Zucman, especialista no tema. Segundo Haddad, o professor vai apresentar às autoridades uma proposta de tributação dos super ricos.

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