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Recuperação da Light é essencial à retomada da economia fluminense

Novo plano de recuperação enfrentará um 'teste' na assembleia de credores | Foto: Divulgação

Por Marcello Sigwalt

A recuperação da Light é fator essencial para a retomada do desenvolvimento do Rio de Janeiro. A observação foi feita pelo CEO da concessionária de energia, Alexandre Nogueira, ao comentar a proposta de recuperação judicial da companhia, que consiste, inicialmente, num plano de injeção de R$ 1,5 bilhão e uma capitalização mínima de R$ 3,5 bilhões, aí incluída a conversão de dívidas.

Embora francamente positivo junto ao mercado, tal formato poderá sofrer alterações, até a realização da Assembleia Geral de Credores, prevista para 6 de março próximo. No entanto, se a proposta não avançar, a questão pode parar na Justiça.

Além de buscar garantir a renovação de sua concessão, que expira em 2026, junto à Aneel, a maior preocupação da companhia, acentua Nogueira, é de 'se manter em atividade, fornecendo energia com qualidade para mais de 12 milhões de consumidores' do estado.

O CEO da Light ressalta que a nova proposta é inédita, pois prevê pagamento integral à maioria dos credores Pessoa Física (PF), além de oferecer condições vantajosas àqueles que apoiarem o plano, o que deverá contribuir para reduzir o atual grau elevado de alavancagem da empresa. "Um processo de recuperação saudável é importante não só para a Light, mas também para o Rio de Janeiro. A Nova Light vai ser essencial para a recuperação da economia do Rio, um reencontro da empresa com a sociedade fluminense", argumenta o executivo.

Ante à alegação de alguns credores, de que teria havido retrocesso em relação ao plano original de recuperação da empresa, Nogueira assinala que este é mais atrativo que o anterior, uma vez que prevê uma injeção de capital correspondente a R$ 1 bilhão, um 'dinheiro novo' que será fundamental para a recuperação da concessionária, sem que haja elevação de seu endividamento. Neste aspecto, o CEO acrescenta que o plano contempla, ainda, o pagamento integral dos créditos, de 60% dos credores, com valores a receber até R$ 30 mil.

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