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Indicadores industriais registram recuo

Indicadores atestam perda de ímpeto do setor secundário | Foto: Divulgação

Mesmo se aproximando da margem de estabilidade (50 pontos), os indicadores de emprego e de produção do setor industrial apresentaram recuo em janeiro último, como atesta a pesquisa Sondagem Industrial, divulgada, nesta quinta-feira (22), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

De acordo com o estudo, o indicador que mede a evolução chegou a 48,4 pontos no mês passado, o que corresponde a um recuo ante dezembro do ano passado. O resultado representa uma 'marcha a ré' da produção, pois se situar abaixo dos 50 pontos, numa escala que varia de zero a 100 pontos.

Ainda assim, o índice de evolução da produção se encontra 2,1 pontos acima da média dos meses de janeiro da série, sem contar o fato de que o desempenho, neste item, é diverso, se considerado o porte. No caso das grandes indústrias, estas exibiram índice de 51 pontos, indicando avanço na produção.

Sinalização decrescente semelhante mostrou o indicador do emprego industrial de janeiro último, que não passou de 49,4 pontos em janeiro, configurando, igualmente, retração ante o mês anterior. A exemplo da produção, o emprego industrial, mesmo declinante em janeiro, continua 1,5 ponto acima da média histórica para meses de janeiro da série.

Pelo terceiro mês consecutivo, em janeiro último, os estoques da indústria apresentaram recuo, no comparativo mensal. Na avaliação da CNI, esta queda foi mais intensa do que o normal para o período.

Para o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, "essa sequência de quedas dos estoques permitiu a eliminação de um excesso de estoques indesejáveis que limitam a atividade industrial. Com os estoques abaixo do nível planejado, percebe-se que a demanda foi um pouco acima do esperado pelos empresários. Além disso, eventuais novos aumentos da demanda irão se traduzir em aumento da produção, da atividade da indústria de transformação, que terminou 2023 com queda".

Para fevereiro, todavia, o otimismo domina a expectativa dos industriais, tanto no que se refere ao emprego quanto a exportação. (M.S.)

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