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Americanas adia informe de balanços

Pela 3ª vez, varejista adia divulgação de dados trimestrais | Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Pela terceira vez consecutiva, a Americanas adiou a divulgação do balanço referente à sua atividade nos três primeiros trimestres do ano passado, que estava prevista para ocorrer nessa segunda-feira (19).

Com o adiamento, cresce a expectativa em torno da saúde financeira da gigante varejista, que teria ingressado numa nova gestão, que sucedeu uma monumental fraude contábil que envolvia dívidas avaliadas em R$ 42,5 bilhões, o que motivou seu pedido de recuperação judicial, no início de 2023.

Ganhando tempo, mesmo sem tê-lo, a Americanas publicou fato relevante junto à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), no qual se compromete a divulgar seus resultados contábeis na próxima segunda-feira (26), antes mesmo da abertura do mercado. Outra medida anunciada pela empresa seria a realização de uma teleconferência com investidores, aberta ao mercado em geral. Devido aos recorrentes atrasos, a previsão é de que sejam publicadas, de uma só vez, as informações relativas aos trimestres encerrados em março, junho e setembro.

De acordo com o comunicado emitido pela varejista "a Americanas informa que, apesar do trabalho de elaboração das ITRs/23 [informações trimestrais] já estar finalizado e dos procedimentos de auditoria terem sido substancialmente concluídos, ainda não foi possível cumprir todo o rito interno de aprovação previsto na governança da companhia", diz o comunicado.

Após o primeiro adiamento, em 29 de dezembro, a nova data da publicação do balanço dos três primeiros trimestres de 2023 foi adiada para 31 de janeiro, depois para 19 de fevereiro e, agora, para o dia 26 deste mês.

O recurso a adiamentos pela Americanas não é novidade, uma vez que a varejista levou dez meses, após o escândalo contábil, para então anunciar, em 12 de novembro de 2022, um prejuízo de R$ 12 bilhões naquele ano.

Ainda assim, as demonstrações financeiras de 2022 foram revisadas, após a divulgação de que dados contábeis teriam sido adulterados em oito exercícios seguidos, segundo revelou o atual presidente da Americanas, Leonardo Coelho, ao acrescentar que as fraudes ocorriam, ao menos, desde 2015.

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