Ao acusar expansão de 3% em 2023, o Produto Interno Bruto (PIB) demonstrou estabilidade em relação ao crescimento de 2,9%, registrado no ano anterior. É o que se depreende dos dados do Monitor do PIB, divulgados, nessa segunda-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV).
Outro indício de 'desaquecimento' do nível de atividade pode ser aferido pelo avanço pífio de 0,1% da economia, na passagem do terceiro para o quarto trimestre do ano passado. Ao mesmo tempo, no comparativo do quarto trimestre de 2023 ante igual período de 2022, houve alta de 2,3%. Tomando por base dezembro último, em relação ao mês anterior, mais um sinal de estabilidade, mediante um aumento de apenas 0,6%. No confronto entre dezembro 2023/dezembro 2022, a elevação chegou a 2,1%.
Na avaliação da coordenadora do Monitor do PIB - FGV, Juliana Trece, "em termos marginais, a economia cresceu apenas 0,1% no quarto trimestre, em comparação ao terceiro. Embora com clara tendência de desaceleração nessa comparação, o resultado mostra resiliência da economia apesar das fragilidades de um crescimento anual concentrado e bastante influenciado por commodities".
Juliana acentua, ainda, que "a agropecuária foi fundamental para o desempenho do PIB de 2023, pois 30% do crescimento de 3,0% da economia deveu-se a esta atividade, como o desempenho da soja na região Centro-Sul do país, o que mostra forte concentração setorial e regional e evidencia que o crescimento econômico não foi sentido de modo uniforme no País". (M.S.)
