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Volks avança e investimentos disparam

Montadora há 70 anos no país deu a largada do setor | Foto: Divulgação

Junto com o setor de petróleo, o automobilístico experimenta um momento de forte expansão, seja por conta dos incentivos federais, como também pela expectativa favorável de expansão da economia nos próximos anos.

Um dos principais pontos de partida nessa direção foi dado pela 'matriarca' das montadoras aqui instaladas, a Volkswagen, que anunciou, no início de fevereiro passado, a intenção investir o montante de R$ 9 bilhões no mercado nacional e na América Latina. Tal cifra, acrescida dos R$ 7 bilhões sinalizados, pouco antes, eleva o montante da montadora alemã para R$ 16 bilhões, até 2028.

Na oportunidade, o presidente da Volkswagen da América do Sul, Alexander Seitz afirmara, em coletiva à imprensa, que "estamos dando sinais claros da nossa confiança institucional neste país. E, mais do que isso, do potencial de crescimento da indústria, que representa 20% do PIB industrial brasileiro".

A decisão unilateral da Voks foi a senha para que outras montadoras tomassem o mesmo caminho, perfazendo a impressionante soma de R$ 48,4 bilhões que deverão ser investidos por aqui, até 2032.

A lista de aportes é extensa, o que mostra o vigor do mercado automobilístico, com o Brasil sendo eleito a 'bola da vez' dos investimentos globais: Great Wall Motors (R$ 10 bilhões até e 2023 e 2032); Renault (R$ 5,1 bilhões de 2021 a 2027); Caoa Chery (R$ 4,5 bilhões entre 2021 e 2028); BYD (R$ 3 bilhões de 2024 e 2030); Nissan (R$ 2,8 bilhões de 2023 a 2025); e GM R$ 7 bilhões até 2028).

Sem esconder o entusiasmo inerente às perspectivas automotivas, a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) admitiu, no mês passado, que os aportes podem beirar os R$ 100 bilhões para o período descrito, ao se basear nos investimentos em curso de montadoras, de novos entrantes e do setor de autopeças.

Para o Planalto, por sua vez, a disposição do setor automobilístico refletiria, tanto a 'melhoria do ambiente econômico brasileiro, a promulgação da reforma tributária, quanto o lançamento da "Nova Indústria Brasil", que contemplaria investimentos públicos. (M.S.)

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