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Fim de veículos à combustão é 'tabu'

Por Eduardo Sodré (Folhapress)

Quando os carros equipados com motores a combustão deixarão de ser produzidos? A Folha fez essa pergunta a representantes de diferentes montadoras em meio ao inverno do carro elétrico. Filas para recarga em meio a nevascas nos EUA e fim dos incentivos fiscais na Alemanha trouxeram dúvidas sobre o futuro.

Na virada da década, as previsões indicavam datas entre 2030 e 2040 nos mercados europeu e norte-americano.

Eram planos ambiciosos, desenvolvidos como resposta às legislações ambientais mais rigorosas e ainda sob o impacto do dieselgate, fraude em testes de emissões que abalou o grupo Volkswagen em 2015.

As metas foram mantidas mesmo durante a pandemia de Covid-19, que bagunçou toda a indústria. Hoje, contudo, são poucas as empresas que arriscam citar um ano para o ocaso dos motores a combustão. Por outro lado, novas tecnologias - e bilhões de dólares investidos em linhas de produção mundo afora - indicam que a transição energética não será interrompida.

"Gostaríamos de ter 50% do nosso volume já focado para eletrificação em 2030, mas isso depende de as condições de mercado permitirem, de como isso vai se desenvolver em termos de infraestrutura", diz Carlos Garcia, CEO da Mercedes-Benz Cars & Vans Brasil.

A montadora alemã é uma das que mais acredita no futuro dominado por automóveis 100% elétricos, a ponto de voltar toda sua área de desenvolvimento para esses veículos.

O foco principal está em uma nova geração de motores, bem menores e mais eficientes do que os disponíveis hoje.

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