Diferente da 'melhoria' registrada no déficit das contas correntes, a entrada de Investimentos Diretos no País (IDP) em 2023, que totalizou US$ 61,952 bilhões (2,85% do PIB), foi considerada pelo Banco Central (BC) o pior desempenho do indicador, desde 2021, quando o ingresso de recursos estrangeiros chegou a US$ 46,439 bilhões. Em 2022, a entrada de IDP somou US$ 74,606 bilhões.
Ainda assim, a expectativa da autoridade monetária era de que o aporte de IDP no ano passado fosse um pouco menor, em torno de US$ 60 bilhões, projeção depois atualizada pelo Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de dezembro.
Levando em conta o resultado de 2023, este ficou acima da expectativa do Projeções Broadcast, de um montante de IDP de US$ 58 bilhões, mediante um intervalo de estimativas entre US$ 57,2 bilhões e US$ 60 bilhões.
Se considerado apenas o mês de dezembro do ano passado, o fluxo de IDP apresentou déficit de US$ 389 milhões, ao passo que o valor líquido ficou acima do verificado no mesmo mês de 2022, que apurou um saldo negativo de US$ 479 milhões, para uma entrada líquida de US$ 7,780 bilhões, em novembro de 2023
Já os ingressos líquidos em participação no capital somaram US$ 924 milhões, montante composto por: US$ 4,9 bilhões em participação no capital exceto lucros reinvestidos e US$ 4 bilhões negativos em lucros reinvestidos.
As operações intercompanhia, por sua vez, totalizaram saídas líquidas de US$ 1,3 bilhão. Os investimentos diretos no exterior (IDE) apresentaram aplicações líquidas de US$1,5 bilhão em dezembro de 2023, ante US$2,7 bilhões em dezembro de 2022. (M.S.)