Gol pede recuperação judicial nos EUA

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Antes mesmo de receber o socorro federal de R$ 6 bilhões - anunciado, na quarta-feira (24) pelo governo, após encontro com representantes das companhias aéreas - a Gol acaba de entrar, nos Estados Unidos, com um pedido de recuperação judicial, válido para todas as suas subsidiárias no exterior.

Ao fazer o anúncio, a empresa brasileira explicou que a medida teria por finalidade 'fortalecer sua posição financeira', ao acrescentar que todos os seus voos continuam em operação, conforme programado, assim como estão 'em vigor' a totalidade de suas passagens e reservas.

A respeito especificamente de seu pedido de recuperação judicial nos EUA - também conhecido como "Chapter 11" - este vem acompanhado de um 'compromisso de financiamento de US$ 950 milhões, na modalidade "debtor in possession" (DIP) por membros do Grupo Ad Hoc de bondholders da Abra — holding que reúne as operações da Gol com a colombiana Avianca — e outros bondholders da Abra.

Embora a Gol tenha admitido, ainda na semana passada, que vinha discutindo com stakeholders financeiros, a possibilidade iniciar um processo de reestruturação consensual - face às dívidas elevadas que possui - a decisão da companhia já era aguardada por investidores.

Prova disso é que a empresa havia contratado, em dezembro, a Seabury Capital, para que esta a auxiliasse na revisão da estrutura de capital.

Como reflexo do anúncio, as ações da Gol caíam, às 17h30, a 2,26% a R$ 6,50 na B3 (B3SA3), negociada, na mínima da sessão, a R$ 6,65 reais, o que traduz estabilidade, ante ao fechamento da véspera.