Por: CORREIO ECONÔMICO

Correio Econômico | Governo cria fundo de R$ 6 bilhões para socorrer aéreas

Socorro federal tem por objetivo 'aliviar' crise no setor | Foto: Divulgação/ Ahmed Muntasir

Atingidas por um nível elevado de endividamento, as companhias aéreas ganharam um oportuno socorro federal, medida que evitaria o colapso do setor e a proliferação de pedidos de recuperação judicial. Como medida emergencial para debelar o acirramento da crise, logo após a reunião do setor, ontem (24) no Palácio do Planalto, o ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho anunciou, nessa quarta-feira (24) a criação de um fundo até R$ 6 bilhões para financiar as 'combalidas' companhias, por meio de operações sob a batuta do BNDES.

O novo fundo - cuja proposta deverá estar concluída em dez dias - segundo Costa Filho, deverá contemplar, ainda, o refinanciamento de dívidas, investimentos em manutenção e a compra de novas aeronaves.

 

Captação avança

Sinalização positiva no mercado de capitais, o estoque de todos os produtos de renda fixa e de captação bancária na B3 (B3SA3) - a bolsa brasileira - cresceu 20% em 2023, o equivalente a um montante de R$ 4,5 trilhões, que supera os R$ 3,8 trilhões, em 2022.

Maior alta

Entre os produtos com desempenho positivo em 2023, o destaque coube às LCIs, que subiram 50% (R$ 360,5 bilhões de estoque), ao passo que as LCA cresceram 36% (de R$ 458,9 bilhões de estoque). Ambos os títulos têm como atrativo adicional a isenção de Imposto de Renda.

Crédito sobe

O volume de crédito imobiliário do país deve crescer 3% este ano, atingindo o montante de R$ 259 bilhões, segundo projeção da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), resultado que poderá ser o melhor da série histórica.

SBPE estável

Em contraste com o crédito imobiliário, segundo a Abecip, aquele proveniente do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) - que inclui a caderneta de poupança - deverá apresentar estabilidade, ao se manter no patamar de R$ 153 bilhões.

'PL dos lobbies'

Em artigo publicado, no final do ano passado, em sua coluna no Estadão, a economista Elena Landau não poupa críticas ao intitulado PL (Projeto de Lei) das Eólicas offshore, cujo efeito prático, segundo ela, corresponderia "à uma apropriação do setor elétrico pelos lobbies".

MP petista

Ao denunciar que a conversão em lei da MP 579 da ex-presidente Dilma "atropelou o planejamento setorial, ao exigir a construção de termelétricas onde não há gás", Elena citou estudo que calcula em R$ 658 bilhões o impacto tarifário da medida em 27 anos.