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Porta-voz diz que 'não há dinheiro'

Javier Milei deu o pontapé inicial em seu governo na Argentina e escolheu um economista como porta-voz para dar seu primeiro recado ao país. Em uma entrevista coletiva, que deve passar a ser diária, o comunicador Manuel Adorni repetiu a frase que o novo presidente adotou e que já virou até camiseta nas ruas.

"Não há dinheiro, não é só uma frase feita. Vamos respeitar estritamente o equilíbrio fiscal. Essa lógica de gastar mais do que se tem acabou", afirmou, respondendo também que não tem como fazer previsões para o mercado e o dólar para esta segunda (11), porque "há algo que vamos terminar, ou tentar terminar, que é a futurologia".

Adorni frustrou as expectativas de um anúncio das primeiras medidas econômicas de Milei contra a inflação, a grande questão que domina a Argentina no momento. Mas afirmou que esse anúncio ficará a cargo do novo ministro da Economia, Luis Caputo, nesta terça-feira (12), em horário a confirmar.

Esperava-se um grande pacote de leis para o dia seguinte à posse, o que até o momento não aconteceu. Também se especula sobre uma desvalorização abrupta do peso, o que Milei não confirmou. Ele participa de sua primeira reunião de gabinete com seus ministros na manhã desta segunda.

O porta-voz também foi muito questionado sobre o que devem esperar os funcionários públicos, que vivem um clima de apreensão desde a eleição de Milei, já que o ultraliberal promete uma grande onda de privatizações e enxugamento do Estado. Ele respondeu que "ninguém que trabalha deve se preocupar. O que vamos combater é o que se chama de emprego militante, que existe por uma razão política, que não contribui em nada".

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