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Black Friday frustrou o comércio

Resultado da Black Friday no final de semana foi aquém | Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Período do ano mais aguardado pelo comércio brasileiro, a Black Friday frustrou as expectativas do varejo em 2023, e pela segunda vez seguida o ecommerce registrou queda no faturamento e volume de vendas na comparação anual, segundo pesquisas de consultorias com dados consolidados.

Após uma queda de cerca de 35% nas transações em 2022, neste ano o varejo amargou um novo recuo, aponta a plataforma Hora a Hora, que é da Confi.Neotrust, empresa de inteligência de dados, divulgados em parceria com a ClearSale, que atua com inteligência de dados e soluções para prevenção a riscos. Da meia-noite até as 23h59 da sexta-feira (24), o ecommerce brasileiro registrou mais de R$ 3,4 bilhões em transações na Black Friday, com um valor por pessoa de R$ 675,36 (ticket médio).

O faturamento representa um recuo de 15,1% na comparação com o valor movimentado nesse mesmo período do ano anterior. O volume de pedidos também teve queda, de 14,9%, totalizando 5,1 milhões de compras.

Já dados da consultoria NielsenIQ Ebit sobre as vendas da meia-noite às 19h da sexta (24) mostraram queda de 13% no faturamento e de 9% nos números de pedidos da Black Friday deste ano na comparação com o mesmo período de 2022. A data mais importante para as vendas no varejo, que há anos passou à frente do Natal, foi impactada neste ano pela antecipação de compras na quinta-feira, pelas taxas de juros ainda em patamares elevados e pelo alto endividamento das famílias, segundo a NielsenIQ Ebit.

"O consumidor que tinha alguma folga orçamentária comprou antes, o restante preferiu adotar uma postura mais cautelosa diante das incertezas [macroeconômicas] mencionadas", disse o executivo responsável pela consultoria, Marcelo Osanai.

Os dados deste ano ficaram muito aquém das expectativas do mercado. A própria Neotrust fez um levantamento mostrando que 57% dos consumidores pretendiam fazer compras na Black Friday, projetando R$ 6,98 bilhões de faturamento no comércio eletrônico, crescimento de 12,6% em relação ao ano anterior.

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