Por:

Dono da Starbucks deve R$ 10 milhões

Empresa que detém marca pede Recuperação Judicial | Foto: Divulgação

Por Guilherme Cosenza

A realidade está cada vez mais complicada para a SouthRock empresa responsável pela gestão da marca Starbucks no Brasil. Após anunciar o fechamento de diversas lojas em todo o país e ter o pedido de Recuperação Judicial em análise, um levantamento feito pela empresa e entregue a Justiça de São Paulo, mostrou que a empresa possui divida de R$ 10.447 milhões para serem pagos a cerca de 885 ex-funcionários referente a recisão de contrato. Porém o que mais assusta é que a empresa possui dividas a serem pagas para 2.357 credores.

O detalhamento dos credores foi incluído no pedido de recuperação judicial feito pelo grupo. Porém, o novo levantamento traz uma preocupação ainda maior, uma vez que a petição inicial, os advogados do grupo apontaram que o valor da ação é R$ 1,8 bilhão. Porém a nova lista de credores enviada dias depois somam um montante de R$ 2,5 bilhões em dívidas. No dia 1º, o juiz Leonardo Fernandes dos Santos, da 1ª Vara de Falências da Justiça de São Paulo, negou os pedidos de tutela de urgência feito pela SouthRock para suspender a rescisão do acordo de licenciamento com Starbucks e para impedir a retenção de recebíveis. Porém, na última terça-feira (7) o juiz concedeu parte do pedido feito, determinando assim que os credores da SouthRock fiquem impedidos de levantar valores já bloqueados em ações de execução em andamento.

O grupo SouthRock controla, além da cafeteria as marcas de alimentação Eataly, TGI Fridays, Brazil Airport Restaurantes, Brazil Highway Restaurantes, Vai Pay Soluções em Pagamento e Subway. Porém a última não foi co-relacionada a entrar na Recuperação Judicial. Com isso, o Banco ABC, que consta entre os 20 maiores credores da SouthRock no pedido de recuperação judicial, com R$ 29,1 milhões, questionou na Justiça os motivos para a não inclusão da rede de lanchonetes. "Causou estranheza ao Banco ABC o fato de que, dentre as requerentes", escreveram os advogados do banco, "não houve a inclusão das sociedades empresárias relacionadas a rede Subway". "Isso porque, ao que se sabe, o grupo era todo regido mediante caixa único e sob a mesma gestão empresarial".

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.