por Guilherme Cosenza
Como noticiado na última sexta-feira (29), na Coluna Econômica do Jornal Correio da Manhã, foi assinado um acordo de parceria entre a Petrobras e a Vale. O acordo, segundo o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, tem como foco abrir o leque de possibilidades de trabalhos em conjunto entre as duas empresas nos mais diversos setores como hidrogênio, logística, combustível para trens e muito mais. "Podemos analisar fertilizantes também, mas não agora. Queremos que as parcerias comecem este ano ou ano que vem", explicou Prates.
Entretanto, o presidente ainda analisa a força que nasce dessa parceria para a evolução do setor: "A Vale é um grande interessado na produção de hidrogênio, tem algumas atividades em transição energética que são interessantes, ela tem participações em algumas áreas de geração de energia. Então o que a gente vai começar a fazer é tentar entender o que o outro tem. Nós temos combustível para ferrovias, eles têm a logística e podem querer investir em eólica offshore". Aliás, o investimento no chamado eólica offshore está no foco de Prates que pontua que a Petrobras chega aos 70 anos com o olho no futuro: "não estamos longe de ter uma realidade de eólica offshore e hidrogênio".
Caso os projetos inscritos pela empresa para avaliação do Ibama sejam aceitos e saírem do papel poderá atingir 23 gigawatts em energia eólica offshore. Prates aproveitou para pontuar qual será o próximo Plano Estratégico da companhia para o período de 2024-2028. Segundo ele, cerca de 6% até 15% do investimento total será direcionado à descarbonização. "Nosso objetivo é deslanchar energias renováveis no País, a captura de carbono e até hidrogênio e outras fontes", disse Prates.
O presidente ainda aproveitou o dia de assinatura da parceria com a Vale para dizer que essa é só uma etapa de parceria que poderá resultar em outras mais. "Queremos fazer todos esses investimentos com parceiros, estatais ou privados, mas a altura da Petrobras".