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Dólar recua com expectativas de aperto menor nos EUA e estímulos na China

O dólar abriu esta segunda-feira (18) em queda frente ao real, acompanhando melhora no apetite por risco internacional diante de moderação nas apostas sobre a magnitude do aperto monetário do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, e perspectiva de mais estímulos econômicos na China.

Às 9h04 (de Brasília), o dólar à vista recuava 0,60%, a R$ 5,3737 na venda.
Na B3, às 9h04 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,66%, a R$ 5,3955.

Na sexta-feira (15), houve arrefecimento da moeda americana no exterior e ganho nas bolsas, embora preocupações econômicas continuassem no radar após dados fracos da China e perspectiva de possível alta de juros mais agressiva nos Estados Unidos.

No mercado doméstico de ações, o índice Ibovespa subiu 0,44% no dia, aos 96.551 pontos. Já o saldo semanal teve forte baixa de 3,72%.

No exterior, a alta da Bolsa de Nova York apontou redução do pessimismo ao final de uma semana de turbulências. O indicador parâmetro para as ações negociadas em Wall Street, o S&P 500, avançou 1,92%. Na semana, houve queda de 0,93%.

Na semana passada, a inflação recorde nos Estados Unidos aumentou a expectativa de que o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) promoverá uma alta de juros ainda mais agressiva do que a esperada.

O aperto ao crédito tem o objetivo de frear a alta de preços na principal economia do planeta, mas o efeito colateral poderá ser uma recessão mundial. É uma percepção que provoca desvalorização generalizada das ações de empresas e depreciação das matérias-primas.

Na quinta-feira (14), o petróleo atingiu seu menor valor desde a eclosão da Guerra da Ucrânia. O barril de Brent chegou a ficar abaixo dos US$ 95 (R$ 518). Houve recuperação no final da tarde, e a commodity fechou perto da estabilidade (queda de 0,47%), cotada a US$ 99,10 (R$ 543).

O contexto de maior aperto monetário dos EUA e temor de uma recessão global é adverso para mercados emergentes, com grande dependência de commodities, como o brasileiro.

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