Por: Nathalia Garcia
O ministro Paulo Guedes (Economia) exaltou nesta quinta-feira (9) que a inflação começou a perder velocidade em maio e destacou a atuação do governo para amenizar os impactos econômicos da guerra na Ucrânia sobre a população brasileira.
"A inflação começou a descer, acabamos de ter a primeira notícia", disse Guedes no Fórum da Cadeia Nacional de Abastecimento, promovido pela Abras (Associação Brasileira de Supermercados).
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou nesta quinta que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) desacelerou para 0,47% em maio, atingindo 11,73% no acumulado de 12 meses. Até abril, a alta havia sido de 12,13%.
No evento, o ministro disse que a população não pode continuar arcando com a alta de preços e destacou que o governo tem agido reduzindo custos e cortando impostos, como as tarifas de importação de arroz, feijão e outros itens, a redução nas alíquotas do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) de 35% e mais.
"É um ecossistema, nós temos toda cadeia intermediária na qual estamos fazendo nossa parte, baixando os impostos e reduzindo custos", afirmou.
Guedes citou também outras medidas adotadas pelo governo para estimular a economia.
"Estamos tentando com nossos programas, os saques FGTS são mais de R$ 30 bilhões, a antecipação de benefícios de pensionistas e aposentados são mais de R$ 50 bilhões, o crédito, estamos sustentando a camada de demanda. A massa salarial está aumentando, o Brasil cria 200 mil empregos por mês."
Foram criadas 196.966 vagas formais no mercado de trabalho brasileiro em abril, segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgado pelo Ministério do Trabalho e Previdência na última segunda (6).
Defendendo a contribuição de todos os agentes, Guedes demonstrou apoio à proposta apresentada pelo presidente da Abras, João Galassi, de que a cadeia de abastecimento não reajuste a tabela de preços de alimentos básicos até 2023.
"Está na hora de realmente sentar todo mundo e fazer nosso lema, exatamente como você sintetizou, nova tabela só em 2023", concluiu.
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