CLDF retoma CPI do rio Melchior

Na próxima semana, parlamentares irão ao abatedouro que utiliza do rio

Por Thamiris de Azevedo

Cano do aterro sanitário que despeja chorume no rio.

Após o recesso legislativo, iniciado em 18 de julho, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do rio Melchior retomou seus trabalhos nesta quinta-feira (14), na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). A Comissão apura as causas da grave poluição do rio, categorizado na classe 4, que representa o pior nível na escala de qualidade hídrica. Nessa condição, a exploração do rio é permitida, mediante autorização e fiscalização.

Na ocasião, foram aprovados seis requerimentos que solicitam informações complementares aos órgãos responsáveis, com o objetivo de dar continuidade aos trabalhos da Comissão. Durante a sessão, a presidente da CPI, Paula Belmonte (Cidadania), também destacou que a Comissão possui a prerrogativa de solicitar mandados de busca e apreensão, embora tenha ressaltado que essa não é a intenção no momento. Segundo ela, o foco principal é oferecer respostas à sociedade e apresentar propostas em defesa das águas do Melchior.

O relator, deputado Iolando (MDB), informou que, em cumprimento dos ofícios solicitados, já solicitou esclarecimentos para a Terracap e para o Instituto Brasília Ambiental, que agendou reunião técnica para prestar as informações.

O deputado Gabriel Magno (PT), durante o plenário, ressaltou a importância de analisar todo o ambiente que compõe o corpo hídrico do rio, analisando-o como um corpo não isolado.

Primeiro semestre

O Correio da Manhã vem acompanhando de perto os trabalhos da CPI. No primeiro semestre, as oito reuniões, realizadas desde 3 de abril, foram marcadas por ausências, momentos de tensão, visitas in loco a estabelecimentos que despejam resíduos no rio, além da apresentação de informações por especialistas e representantes de órgãos convidados.

Próximos Passos

As reuniões ordinárias continuarão acontecendo às quintas-feiras. A visita ao Abatedouro da Seara foi adiada do dia 7 de agosto para a próxima sexta-feira (22). Está marcado para o dia 28 deste mês a oitiva de outros especialistas para tratar do tema.