Por: Rodrigo Fonseca | Especial para o Correio da Manhã

Plataformas em fervura máxima

Nove Rainhas | Foto: Divulgação

Superproduções, pequenos dramas de cunho autoral e thrillers de ação sofisticados dão o tom da streaminguesfera às vésperas da Semana Santa.

MATADOR DE ALUGUEL ("Road House", 2024), de Doug Liman: Doze anos depois de criar a franquia "Jason Bourne", com Matt Damon, o realizador do cult "Swingers: Curtindo a Noite" (1996) se debruça sobre um marco do cinema de ação, estrelado por Patrick Swayze (1952-2009). Muda muiiita coisa do projeto original, em especial a vertente erótico, aqui anulada. Mas conta com um inspirado Jake Gyllenhaal no papel principal. Ele vive um ex-lutador do UFC que consegue um emprego como segurança em um estabelecimento na Flórida Keys, apenas para descobrir que aquele paraíso não é tudo o que parece. Daniela Melchior e Joaquim de Almeida integram o elenco. Onde Ver: Amazon Prime

RADIOACTIVE (2019), de Marjane Satrapi: Depois de uma laureada carreira como animadora e quadrinista, a autora da HQ "Persépolis" surpreendeu o cinema com este épico científico de tom feminista sobre os feitos daa química polonesa radicada na França Marie Sklodowska-Curie (1867-1934). Rosamund Pike tem uma impecável atuação encarnando a cientista e recebeu o prêmio de Melhor Atriz no Festival Barcelona-Sant Jordi por sua atuação, dublada no Brasil por Priscila Amorim. Onde ver: Netflix

BARBIE FAIRYTOPIA: MERMAIDIA (2006), de William Lau e Walter P. Martishius: Não se trata da "Barbie", de Greta Gerwig, mas, sim, de uma animação eletrizante derivada do universo da boneca mais famosa do mundo. Na trama, a jovem Elina embarca em uma aventura debaixo d'água. Com a ajuda da sereia Nori, a Fada do Campo precisa salvar o príncipe tritão Nalu, que foi sequestrado pela cruel Laverna. Onde ver: Globoplay.

QUE BOM TE VER VIVA (1989), de Lúcia Murat: Um marco do docudrama latino, coroado com o troféu candango de melhor filme, montagem e atriz (Irene Ravache) em Brasília, no fim dos anos 1980. A partir da mistura dos delírios e fantasias de uma personagem anônima com depoimentos de oito ex-presas políticas brasileiras, o filme aborda a tortura durante a ditadura no Brasil. Onde ver: MUBI

MEDIDA PROVISÓRIA (2020), de Lázaro Ramos: Fenômenos de público e crítica do cinema brasileiro pós-pandemia, esta distopia rendeu ao ator baiano, estreante na direção de longas, o Prêmio Especial do Júri no Festival do Rio, em 2021. Sua bilheteria beira 500 mil pagantes. A base do roteiro de Lusa Silvestre é a peça "Namíbia, Não", de Aldri Anunciação. Ele está em cena e também trabalhou com Lusa e com Lazinho no script. Na trama, o governo brasileiro decide deportar toda a população negra do Brasil para a África. Mas o advogado Antonio (Alfred Enoch); sua namorada, a médica Capitu (Taís Araújo); e o jornalista André (Seu Jorge, em impecável atuação) decidem ficar e resistir. Onde ver: Globoplay

NOVE RAINHAS ("Nueve Reinas", 2000), de Fabián Bielinsky: O filme que apresentou Ricardo Darín ao Brasil, antes de "O Filho da Noiva" (2001), também estrelado por ele, concorrer ao Oscar. Cheia de reviravoltas, a trama acompanha os percalços de dois vigaristas (Darín e Gastón Pauls, laureados com um prêmio duplo de Melhor Interpretação no Festival de Biarritz) para enganar um filatelista com uma coleção de selos rara. Leonardo Camillo e Élcio Sodré dublam Ricardo e Pauls na versão brasileiro. Onde ver: Star

TRAFFIC - NINGUÉM SAI LIMPO ("Traffic", 2000), de Steven Soderbergh: O Oscar de Melhor Direção coroou o realizador de "sexo, mentiras e videotape" (Palma de Ouro de 29189) e fez dele uma das apostas para a construção de narrativas pós-modernas, entre o vídeo, o cinemão e o streaming. Três núcleos ligados ao combate às drogas são traçados, com direito a filtros de cores diferentes. O mais potente é o eixo estrelado pelo policial Rodríguez, que rendeu a estatueta dourada da Academia de Hollywood para Benicio Del Toro. Onde ver: MUBI

 

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