Por: Rodrigo Fonseca | Especial para o Correio da Manhã

85 anos de Batman

Aniversário de Batman mobiliza mercado editorial com reedições e narrativas experimentais | Foto: Divulgação

Embora a parte II de "Batman", com Robert Pattinson, tenha ficado para 2026, os 85 anos do Homem-Morcego não serão ignorados pela indústria pop neste 2024 em que Joaquin Phoenix e Lady Gaga vivem Coringa e Arlequina em "Joker: Folie à Deux". Estreia em outubro, de olho no Oscar. Dizem que Bruce Wayne, o alter ego do Morcegão, só deve aparecer ali menino... ou já adolescente.

Nada se sabe ao certo sobre o novo longa-metragem do Palhaço do Crime, dirigido por Todd Philips. O que se sabe ao certo sobre o futuro do guardião de Gotham City no audiovisual é a estreia da animação "Batman Azteca: Choque De Impérios". Juan Jose Meza-Leon dirige o longa-metragem, que reinventa as origens do personagem, numa fábula com base nas raízes históricas da América Latina. Já o futuro quadrinístico do herói promete render fortunas às bancas, gibiterias, Amazon e livrarias, além do próprio site de sua editora, a DC Comics, que acaba de lançar uma reinvenção do Sr. Wayne, assinada pelso artistas gráficos Mark Russell e Mike Allred, chamada "Dark Age".

Sua toda plasticamente revisionista reafirma a importância do protetor de Gotham pra cultura pop a partir de sua gênese, em março de 1939, pelas mãos de Bob Kane (1915-1998) e Bill Finger (1914-1974), na edição nº 27 de "Detective Comics" - almanaque dedicado a aventuras de investigadores. A capa da edição original traz a data de maio de 1939, mas entrou em venda na América dois meses antes. O www.dccomics.com oferece acesso a ela para seus assinantes. Lá também é possível conhecer a HQ protagonizada pelo Pinguim, que vai ganhar série no Max com Colin Farrell.

No Brasil, a Panini Comics delicia seu público leitor ao relançar em versão encadernada a minissérie "O Messias", lançada aqui em 1989, quando Batman completava 50 anos com direito a filme de Tim Burton. Na trama de Jim Starlin, com desenhos de Bernie Wrightson, o Morcego passa por um calvário nas mãos de um líder fundamentalista que se banha em sangue, o pregador Blackfire.

Já no gibi mensal do super-herói, o demônio Azmer ameaça Gotham, com risco de encarnar em Wayne. Abril também é mês de "Caro Detetive", que faz uma narrativa visualmente experimental baseada na arte realista de Lee Bermejo, um dos capistas mais disputados dos quadrinhos hoje.

Ainda pela Panini chega "Batman: Portões De Gotham". Nela, um louco com mais de 130kg de explosivos plásticos e um rancor secular ameaça detonar seu país. O vilão, chamado Arquiteto, tem alvejado propriedades e legados dos mais notáveis nomes da cidade, incluindo o de Bruce Wayne. A fim de detê-lo, o Batman vai mobilizar parcerias diversas.

 

Que fim levou o Robin?

"Robin – Ano Um" reconta as primeiras aventuras do personagem | Foto: Divulgação

Rolou um ovo de chocolate num embrulho com as feições do Menino-Prodígio na Páscoa, data em que as bancas receberam o obrigatório "Robin - Ano Um", no qual Chuck Dixon e Scott Beatty recontam as primeiras aventuras do personagem.

Javier Pulido assina os desenhos que aproxima o jovem Dick Grayson, trapezista transformado em herói, da estética dos anos 1940, quando formou seu legado.

Embora o atual detentor do uniforme vermelho (com um R no peito) seja o filho de Bruce Wayne (o agressivo Damian), a Panini Comics lança no Brasil um especial com tramas protagonizadas pelo anterior usuário do manto: Tim Drake. "Mistério na Marina" é a HQ que reúne artistas como Camrus Johnson e Meghan Fitzmartin num resgate do lado mais intrépido de Drake. (R.F.)

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