Por: Rodrigo Fonseca | Especial para o Correio da Manhã

Bons augúrios para o Diabo da Cozinha do Inferno

Fora álbuns inéditos, a Panini vem republicando edições clássicas do herói criado há 60 anos | Foto: Fotos/Divulgação

"Daredevil: Born Again" assa no forno da Disney , com roteiro de Dario Scardapane, trazendo o ator Charlie Cox de volta ao papel do advogado Mattew Murdock, alter ego do vigilante mais temido da Cozinha do Inferno. Ele acaba de voltar às bancas de todo o Brasil numa versão encadernada, via Panini Comics, de uma de suas fases mais bem-sucedidas, com arte de Paolo Rivera e Marcos Martín Milanés.

"O Sorriso do Diabo" abre a coleção "Demolidor por Mark Waid", que está à venda por R$ 49,90. A chegada dessa série de títulos coincide com os 60 anos do mascarado, que foi criado em abril de 1964, por Bill Everett e Stan Lee. Nessa coletânea, vilões como o Toupeira e o Coiote ampliam o rol de perigos do super-herói, que sempre foi um oásis do realismo no universo fantástico da Marvel.

No exterior, a HQ "Daredevil" está no número seis, escrito por Saladin Ahmed e desenhado por Aaron Kuder, com o Doutor Estranho como coadjuvante.

A edição seguinte traz o Wolverine na cola de Murdock, por um vacilo que o mutante enxergou nos passos do Homem Sem Medo, o apelido do Demolidor.

Por aqui, o site https://panini.com.br/ pôs em pré-venda um volume com tramas inéditas do herói em português, reunindo talentos do roteiro e do desenho como Chip Zdarsky, Marco Checchetto, Rafael De Latorre. Em suas tramas, o Tentáculo transformou a vida de Murdock num inferno por anos, mas, dessa vez, a horda vilanesca de ninjas pode ter ido longe demais, e Matt e todos aqueles com quem ele se importa vão chegar em seus limites. Chegou o fim para a relação de brutalidade desses inimigos com o Demolidor.

Fora álbuns inéditos, a Panini vem republicando edições clássicas do herói. O encadernado mais recente traz a famosa HQ "Irmão, Pegue a Minha Mão!". O mix de artistas do álbum tem o mito Stan Lee e gênios como Roy Thomas, Gene Colan e Barry Windsor-Smith.

Desde 2023 a Panini vem investindo na fase mais recente do Demolidor, pilotada por uma junta artística formada por Alex Maleev, Chip Zdarsky, Marco Checchetto e Rafael De Latorre. Nesse arco de tramas, Elektra anda usando o manto do vigilante cego, que foi dado como morto, mas ele regressa disposto a exterminar a organização criminosa milenar chamada Tentáculo. O problema é que o dois, amantes de longa data, vão se estranhar acerca do posicionamento que cada um vai tomar nessa guerra. Fora isso, a comunidade dos super-heróis vai chiar também em relação aos caminhos que a Cozinha do Inferno, o lar do mascarado, está tomando, sob a proteção de seus punhos, cada vez mais carregados de dilemas existenciais.

Nos streamings, Cox encarna o Demolidor ainda nos projetos serializados "Echo" e "O Ano Do Calouro". Em paralelo, o longa de 2003 em que Ben Affleck encarnou Murdock ganha espaço na grade da Star Plus, com Colin Farrell como Mercenário e Jennifer Garner vivendo Elektra. É uma iguaria cinéfila, que ainda surpreende pela força de suas sequências de luta e por uma gaiata atuação de Affleck, cujo tônus trágico é amplificado na dublagem de Alexandre Moreno. O dublador de Cox aqui é Philippe Maia. Enquanto essas vozes ribombam pelas plataformas de streaming, um álbum luxuoso do personagem começa a angariar uma legião de consumidores nas bancas brasileiras, graças à fina atuação da Panini pra democratizar gibis da seara marvete.

A editora acaba de lançar aqui (em forma de álbum encadernado) o clássico "A Bullet For Punisher", no n° 10 da revista "A Saga do Demolidor". É um confronto dele contra o Justiceiro. Vale incluir no bonde o encadernadão "Fim dos Dias", escrito por Brian Michael Bendis, narrando um momento trágico na vida do herói.

 

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