Chico César revê seu magnífico álbum de estreia

Cantor e compositor lança turnê comemorativa dos 30 anos de 'Aos Vivos'

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Chico César diz que não se sente um apoiador do MST, mas parte dele: 'Sou o cara que ocupa um outro lugar, de visibilidade, mas, sempre que o MST me chamar, eu estou pronto, eu vou'

O ano era 1995 e Chico César trazia ao mundo "Aos Vivos", seu impecável álbum de estreia. Trinta anos depois, o disco, hoje um clássico da MPB, ganha turnê de celebração com lançamento neste sábado (25) no Circo Voador. Acompanhado do grupo Nova Orquestra, Chico canta na íntegra o icônico trabalho, além de outros sucessos da carreira.

"Aos Vivos" marcou o surgimento de Chico César como artista para o grande público, saindo do seu nicho considerado cult e underground da noite paulistana. Na primeira música do disco, "Beradêro", o paraibano apresenta uma canção aboio, gênero passado entre gerações de vaqueiros do sertão. Na sequência, já temos dois grandes sucessos "Mama África" e "À Primeira Vista", em versões espontâneas e intimistas. Segue-se então um desfile de músicas autorais, como "Saharienne", "Mulher Eu Sei" e "Clandestino", junto a parcerias e interpretações de outros artistas, como em "Paraíba", de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, e "Alma Não Tem Cor", de André Abujamra.

O cantor vem acompanhado pela primeira vez pela Nova Orquestra. Formado por jovens talentos que acreditam no repertório popular como porta de entrada para a música clássica, o grupo propõe uma visão moderna sobre a adição de elementos da música de câmara aos sucessos do artista paraibano.

Abrindo os trabalhos, o cantor e compositor Escurinho - nascido em Serra Talhada (PE), mas criado em Catolé do Rocha (PB), terra de Chico - mostra pela primeira vez no Rio sua sonoridade que mistura música indígena e africana com pitadas de rock and roll.

SERVIÇO

CHICO CÉSAR E NOVA ORQUESTRA | 30 ANOS DE 'AOS VIVOS'

Circo Voador (Rua dos Arcos s/nº - Lapa)

25/1, a partir das 20h (abertura dos portões)

Ingressos entre R$ 80 (meia) e R$ 160