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A imersão carioca de Manu Napolitano

Manu Napolitano explora vários gêneros musicais e faz de causas humanitárias matéria-prima para parte de sua obra | Foto: Divulgação

A violonista, cantora e compositora ítalo-venezuelana Manu Napolitano mostra que a música é a linguagem universal e se une ao talento da brasileira Ana Costa no EP "Colorir". Trazendo poesia, ritmo, questões sociais e reflexões, o projeto se inspira na MPB e no samba jazz para refletir questões globais.

"Foi uma sensação incrível gravar minhas músicas no Rio e ouvir a interpretação maravilhosa das músicas pela Ana, que também foi produtora do projeto de gravação, escolhendo músicos incríveis e todas mulheres", orgulha-se Manu.

Das gravações no Estúdio Lontra Music participaram do projeto nomes de destaque como Maíra Freitas (piano), Marfa Kurakina (baixo), Geiza Carvalho (percussão) e Carol Chaves (flauta), além da própria Manu no violão clássico. "Poder colaborar e compartilhar do trabalho de outros artistas para mim é sempre enriquecedor. E a música de Manu é inspirada e tem personalidade. Que muitos ouvintes se sintam emocionados com a música dessa excelente compositora", recomenda Ana Costa.

Etnomusicóloga e violonista experiente, cuja jornada musical a levou a explorar uma variedade de gêneros e culturas ao redor do mundo, Manu faz das causas humanitárias parte de sua arte. Desde suas experiências com o povo indígena amazônico Shuar até suas colaborações musicais na Europa e na China, Manu é uma artista cuja paixão pela música transcende fronteiras e conecta pessoas de diferentes origens.

Ao longo de sua carreira, dedicou sua música a causas importantes, incluindo os direitos das mulheres. Seu single "Muitas Marias" foi uma homenagem à socióloga, vereadora e ativista Marielle Franco, assassinada em 2018, enquanto a música "La sarta - Costureira da Montanha" foi lançada em memória dos "pracinhas" brasileiros que lutaram contra o exército alemão nas montanhas italianas durante a Segunda Guerra Mundial.

E isso transparece no EP. O single "Colorir", que dá nome ao trabalho foi composto originalmente para a trilha sonora do curta metragem "La Collina dei Mattoni", sobre um projeto de recuperação de crianças de rua em Bogotá (Colômbia) com a ideia de pintar murais na casa onde eles próprios foram acolhidos. Traduzido para portugês, a faixa dialoga com a realidade brasileira.

 

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