Por:

João Cavalcanti: 'A composição é a força-motriz de tudo o que faço'

João Cavalcanti: show próprio para palcos menores | Foto: André Rola/Divulgação

Jornalista de formação, João Cavalcanti jamais imaginou que viesse a seguir a carreira do pai, o cantor e compositor Lenine. Hoje, com uma discografia de 12 álbuns (em carreira solo e com o grupo Casuarina, onde cantou por 16 anos), é saudado como um dos mais criativos compositores da nova cena musical brasileira.

Neste sábado, ele apresenta no palco do Soberano, em Itaipava, o show "Samba Conjugado". Acompanhado por Alaan Monteiro (bandolim) e Gabriel de Aquino (violão), João dá voz a um repertório predominantemente próprio, com canções feitas com os mais diversos parceiros, numa propsota intimista tendo apenas dois músicos a acompanhá-lo.

Compor, aliás, é um dos grandes dons desse artista que não se prende a estilos e escreve para vários ritmos. "Nunca deixei de compor, porque a composição é a força-motriz de tudo o que faço", analisa.

"Tenho chamado este show de 'Samba Conjugado'. É um formato que me permite ocupar teatros e casas de espetáculos com uma boca de cena menor. É um desdobramento do álbum 'Samba Mobiliado', que eu lancei um pouco antes da pandemia, um show com violão e bandolim em que faço um apanhado da carreira. O Alaan e o Gabriel são músicos com linguagens próprias que dialogam entre si. Neste show colocamos no repertório algumas canções minhas e algumas outras, passando por trabalhos que já fiz como o 'Desengaiola' (álbum gravado com os amigos Alfredo Del-Penho, Moyseis Marques e Pedro Miranda) e o 'Ivone Rara' (trabalho de releituras da obra de Dona Ivone Lara, com arranjos escritos para instrumentos sinfônicos), além de canções inéditas", explica.

Antes de cultivar qualquer pretensão de profissionalizar-se na música, João cantou em coros infanto-juvenis, mas foi na faculdade que voltou para a música. Ouviu e tocou de tudo até formar o Casuarina, grupo associado ao importante momento de revitalização cultural da Lapa. Mesmo enquanto fazia parte do grupo, chegou a lançar um álbum solo ("Placebo", 2012). "São sete anos fora do grupo e quatro álbuns lançados. Acho este balanço muito positivo. Ando bastante pelo Brasil, com shows em vários formatos, sempre sendo bem recebido por diferentes plateias", comenta.

Com o "Desengaiola", João recebeu indicação ao Grammy Latino na categoria álbum de samba e venceu o Prêmio da Música Brasileira na categoria projeto especial. "Sempre fui muito participante dos processos de produção e escolha de repertório, desde os tempos de Casuarina", destaca.

SERVIÇO

JOÃO CAVALCANTI - SAMBA CONJUGADO

Soberano (Estrada União e Indústria, 11.000 - Shopping Estação Itaipava, Petrópolis)

22/3, às 21h

Ingressos: R$ 200 e R$ 100 (para residentes do estado do RJ)

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.