Uma obra-prima revisitada
Seis das 10 faixas de 'Pérola Negra', o estupendo álbum de estreia de Luiz Melodia, ganham releituras de artistas como Criolo, Mart´nália, Liniker, Zezé Motta, Sandra de Sá, Anelis Assumpção e Mahmundi, que assina a bela produção
Luiz Melodia tinha apenas 22 anos quando, em junho de 1973, lançou "Pérola Negra" - estreia fonográfica das mais felizes da música brasileira. Protagonizado pelo jovem cantor e compositor, o álbum reunia dez faixas, das quais duas já haviam sido gravadas por intérpretes consagradas. Eternizada por Gal Costa em "Fa-tal - Gal a Todo Vapor", show e disco de 1971, "Pérola Negra" surgia também na voz de Ângela Maria, em 1972. No mesmo ano, Maria Bethânia registrava "Estácio, Holly Estácio" no álbum "Drama".
Além dessas, o disco apresentava outras tantas canções que, posteriormente, figurariam com destaque em sua obra, como "Estácio, Eu e Você", "Vale Quanto Pesa", "Pra Aquietar", "Magrelinha" e "Farrapo Humano".
Para celebrar o cinquentenário do álbum, a Universal Music lança "Pérolas Negras - Um Tributo a Luiz Melodia", projeto que engloba um EP e os singles avulsos, com adesão de Jane Reis, viúva do artista que nos deixou precocemente aos 66 anos, em 2017. "Participei desde o começo, conversando muito sobre repertório, artistas, e todas as escolhas. É bonito ver pessoas especiais cantando, compreendendo, com tanta propriedade e com a clareza que permeia o trabalho. A vida é isso: um colaborando com o outro e deixando a marca", comenta.
