Por: Affonso Nunes

Hamilton de Holanda também quer djavanear

Hamilton e Djavan no intervalo das gravações de 'Samurai', que teve a participação do homenageado | Foto: Brunini/Divulgação

Reconhecido como compositor de primeira grandeza aqui e no exterior, Djavan tem sua obra reverenciada por um dos maiores instrumentistas da atualidade. O bandolinista Hamilton de Holanda, recordista em gravações, chega a seu 45º celebrando o cantor e compositor alagoano.

O álbum, disponível nas plataformas digitais desde meados de setembro, terá neste sábado (14), às 23h, seu primeiro show e o local escolhido foi o Circo Voador, palco onde o músico costuma empolgar o público com seu tradicional Baile do Almeidinha.

Em "Samurai", o conceituado bandolinista apresenta 12 composições de Djavan. Há espaço para reverência ao grande autor, mas Hamilton não abre mão desta que é certamente um de suas maiores virtudes: o ser inventivo. E este trunfo fala alto através da diversidade rítmica que se percebe nos arranjos para as canções, que passam pelo jazz, pelo samba, pelo ijexá, pela salsa e por acentos funkeados. Resumindo, uma delícia de se ouvir.

O álbum ainda tem participações de artistas como Zeca Pagodinho ("Flor de Lis"), Gloria Groove e Lakecia Benjamin ("Samurai"), Gonzalo Rubalcaba (Irmã de Neon"), Jorge Drexler ("Lilás"), e Varijashree Venugopal ("Oceano"), além do homenageado ("Luz" e "Lambada de Serpente").

Através de suas releituras para clássicos djavânicos como "Faltando um Pedaço", "Capim" e "Sina", Hamilton destaca ainda mais as riquíssimas construções harmônicas de Djavan.

SERVIÇO

HAMILTON DE HOLANDA E A MÚSICA DE DJAVAN

Circo Voador (Rua dos Arcos s/nº - Lapa) | 14/10, às 23h

Ingressos entre R$ 70 e R$ 160