Por: Affonso Nunes

Luizinho Lopes: Um autor que foge da banalidade

Em seu oitavo álbum autoral, 'Como Seria Explodir Um Amor Tão Concreto Duro de Partir', Luizinho Lopes une harmonias sofisticadas e letras reflexivas | Foto: Marina Costa/Divulgação

O compositor, cantor e violonista mineiro Luizinho Lopes lança nesta sexta-feira (6) seu oitavo álbum o álbum, "Como Seria Explodir Um Amor Tão Concreto Duro de Partir?", em vinil e nas plataformas digitais. O Correio ouviu o trabalho com exclusividade e teve o prazer de conhecer um compositor maduro, dono de letras profundas e harmonias sofisticadas. "Este disco surgiu sem controle. Soa para mim como o inconsciente revelando sua poesia.", conta Luizinho.

Gravado nos estúdios Macieiras e Versão Acústica, em Minas Gerais, o disco tem direção musical de Marcos Filho, Dudu Viana, Salomé Viegas e Luizinho Lopes. A mixagem é do maestro Ricardo Itaborahy e a masterização de Luiz Tornaghi. A capa é assinada pela artista plástica Fernanda Cruzick.

O repertório é composto por 10 faixas, todas composições de Luizinho, exceto na canção "Em Menos de Um Minuto", em parceria com o premiado romancista Luiz Ruffato. A cantora mineira Natália Vargas participa nas faixas "Canção de Ninar Mãe", "Hóstia da Noite" e "Mudou o Tom". Outra participação especial é da Orquestra Sinfônica de São Petersburgo, da Rússia, na canção "Órbita".

Alguns artistas já gravaram músicas de Luizinho em seus discos, como as cantoras Tânia Bicalho e Marcela Lobbo. Já o cantor e violonista Renato Braz e a cantora Luhli (da dupla Luli e Lucina) foram convidados a participar de alguns álbuns do artista. O primeiro trabalho de Luizinho, "Nem Tudo Que Nasce É Novo", lançado em 1990, foi descoberto pelos japoneses em 2018 e virou um sucesso de venda no Japão. O álbum conta com 11 faixas, entre elas as músicas "Quando o Sol foi para o Japão" e "Alimento", as preferidas dos japoneses.

"As canções escritas por Luizinho Lopes fogem da banalidade dos dias atuais, flertando abertamente com a consistência do melhor da nossa música popular. Isso, sem cair em meras cópias ou repetições. E este novo álbum equivale a um belo cartão de apresentação para quem ainda não conhece o seu trabalho. ", escreveu o jornalista Fabian Chacur, que assina a resenha do disco.

 

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