A cantora Céline Dion, com 55 anos, cancelou todos os shows da sua turnê na Europa previstos até abril de 2024, conforme anunciou sua equipe na última sexta (26).
A canadense deve se dedicar ao tratamento da sua doença neurológica rara, a síndrome da pessoa rígida, que causa rigidez muscular e espasmos.
"Eu sinto muito por desapontar todos vocês outra vez. Estou me esforçando muito para recuperar minha força, mas sair em turnê pode ser muito difícil mesmo quando você está 100%. Não é justo com vocês continuar adiando os shows e, mesmo que parta meu coração, é melhor cancelarmos tudo agora até eu estar pronta de verdade para voltar ao palco. Quero que vocês saibam que não vou desistir e mal posso esperar para ver vocês de novo!", disse em uma declaração publicada em seu site.
A doença neurológica rara é caracterizada pela rigidez muscular progressiva e espasmos musculares.
Os problemas de saúde da cantora foram agravados em outubro do ano passado, quando ela precisou adiar a estreia da esperada residência em Las Vegas, nos Estados Unidos.
Dion revelou seu diagnóstico em dezembro de 2022, ao adiar parte da turnê Courage World Tour. Na ocasião, contou ao público como a doença dificultava cada aspecto da sua vida e disse estar se esforçando para se fortalecer.
"Os espasmos afetam todos os aspectos da minha vida diária. Às vezes causam dificuldades ao caminhar e não me permitem usar minhas cordas vocais para cantar como estou acostumada", disse a cantora, na época.
A doença
A síndrome da pessoa rígida ocorre frequentemente em pessoas com diabetes tipo 1 ou certos tipos de câncer. Porém, também pode ser autoimune, quando o corpo produz anticorpos que atacam seus próprios tecidos. Nessa síndrome, os músculos se tornam cada vez mais rígidos e aumentam de tamanho, começando no tronco e no abdômen e se espalhando pelo corpo todo.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) ela acomete uma em um milhão de pessoas e atinge, principalmente, indivíduos entre os 40 e 60 anos. As causas estão ligadas a produção anormal de anticorpos, que atacam o sistema nervoso. Ela pode ser detectada em um exame de sangue ou em uma eletromiografia.
Como a doença não tem cura, tratamentos com anti-inflamatórios e terapia imunológica, além de fisioterapia.