Fotocrônica: Pérsia inebriante de sol a sol
E as Gerais; não há demais? / Mas, a poeta-poetiza dança a valsa vienense itabirana, então (me)ninas há. / Flui, no trem das Minas, enorme delicadeza primaveril, / Flui como se fora, mundo afora, que aflora, deflorando a madrugada, frescor de ora-pro-nóbis.
Flui Cipó-Mangabeiras, / Linda, pele carmim. / Brigam Holanda e Espanha holandamente. / Lei de Holanda, comuna, Antônio Santo. / Lei de Espanha, piel negra.
Enamorada felicidade, flui verdade / Corpo caliente, fôrma e forma amor / Havana mares olhos de Xangô / Águas, ouros d'ouros d'Oxum / Contas de citrino sagrado.
Contas contos contados / Nos contamos nosso canto cantado, encanto do mais puro encantado / Contas, somente contas, em teu olhar, duas contas turmalinadas.
Nobre corpo real / Princesa de sonhos vívidos vividos / Mulher, como já não há / Ardente corpo celestial, tal celeste azul do éter.
Divinal, espectro onírico, espelho da realidade expostos em nossos corações / Etérea, quinta-essência, gueixa Kabuki, olor essencial jasminal, campo coberto em flor de cerejeira / Idiossincrática, elementarmente Atena, miradouro de exemplos / Dadivosa falena imperial, efeito borboleta, camaleoa enclausurada, crisálida metamorfose, libertas quæ sera tamen - nunca serás tarde! / Airosa, pela formosa rosa ardosa.
És assim, somente, e tão somente assim / A vivência dos cinco elementos fundamentais: / És fogo que me consome, és ar que me tiras, és água que me banha no Mar d'España, és terra que te broto e és amor,
Brotado pelo calor da terra, regado pelas vertentes que abrolham de tua gruta, sopro pueril. / Teu nome, ah teu nome… / Pasárgada-negra como a noite
Vou me embora para lá… lá, sou teu amante, amado, amador, ameno... / Terei teu corpo no catre que escolherás, horizontina teu nome é amor-mulher. / Ame, amar, amém / Não estou mais só na América / Amanhã, amanhecerá ou entardecerá e lá estarás na janela lateral das Gerais