Fernanda Torres, uma estrela do tamanho do Brasil
Prestígio internacional da protagonista de 'Ainda Estou Aqui' só cresce e alimenta o sonho de um Oscar brasileiro
A cada linha que a imprensa brasileira escreve sobre o desempenho de Fernanda Torres em "Ainda Estou Aqui", o filme de Walter Salles conquista uma nova láurea ou recebe mais uma indicação a prêmios internacionais, na estreia da corrida pelo Oscar 2025, que disputa em três frentes. Indicado esta semana à premiação anual da Sociedade Internacional de Cinéfilos (ICS), a adaptação do romance homônimo de Marcelo Rubens Paiva briga pela estatueta dourada mais famosa de Hollywood nas categorias Melhor Filme, Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz. Consagra sua protagonista numa esfera midiática que raras estrelas não anglo-saxônicas, sobretudo latino-americanas, já alcançaram.
A tripla nomeação chega no momento em que Fernanda corre mundo a dar entrevistas aos medalhões da TV nos EUA, como Jimmy Kimmel, e tem seu rosto projetado em festivais internacionais. O próximo da fila será o de Roterdã, na Holanda, que inaugura sua 54ª edição nesta quinta, exibindo o drama dirigido por Salles neste sábado. O evento holandês usa o adjetivo "surpreendente" em seu catálogo para qualificar a atuação de Torres, coroada com o Globo de Ouro, em Beverly Hills, no dia 5 deste mês. Suas chances de ser oscarizada vem crescendo a cada novo prognóstico da Meca da indústria audiovisual apesar da concorrência forte, sobretudo a de Demi Moore, indicada por "A Substância" (hoje na MUBI). Enquanto isso, o longa-metragem coleciona uma fortuna em ingressos vendidos no Brasil, já na raia de 4 milhões de pagantes. Os números só crescem.