Por: Pedro Sobreiro

KONG - O NOVO IMPÉRIO: Frenético, 'G&K' é o filme mais divertido do ano

Em 2021, no auge da pandemia, "Godzilla vs Kong" se tornou um sucesso, levando um excelente público para as sessões do mundo. Na época, muitos brincaram que o filme "salvou o cinema", já que o mercado passava por uma crise gravíssima, levando em conta que as salas estavam fechadas em praticamente todo o planeta.

Agora, três anos depois, a dupla de monstros gigantes retorna aos cinemas para provar que conseguem divertir o público com pancadarias homéricas que destroem tudo e todos pela frente.

Em "Godzilla e Kong: O Novo Império", o público acompanha um mundo acostumado a ver cidades sendo constantemente destruídas por lutas de monstros. Enquanto o Godzilla segue em sua turnê mundial para derrotar outros Kaiju's, Kong leva uma vida solitária na Terra Oca. No entanto, com a descoberta de novos primatas gigantes, o gorilão mais carismático das telonas embarca em uma jornada para impedir que esses vilões cheguem à superfície, onde querem destruir toda a civilização humana e remodelar a natureza para tomarem conta de tudo.

Para isso, ele vai contar com a ajuda do Godzilla, que absorveu uma quantidade sobrenatural de radiação e está passando por um processo evolutivo.

É interessante ver como Adam Wingard, o diretor do filme, optou por conduzir a trama praticamente toda pela ótica dos monstros, inserindo os humanos na história única e exclusivamente para explicarem o que está acontecendo, já que os Kaiju's não falam.

É o filme da franquia que tem mais pancadaria entre titãs, explorando de maneira ridiculamente criativa as habilidades especiais de cada monstro. Nunca na história do cinema o Godzilla teve tanta mobilidade para nadar, correr, pulas e socar. Já o Kong, que ganha uma manopla mecânica, segue com seus chutes e socos, mas consegue ficar ainda mais violento. E ele também ganha o apoio de um divertido 'Mini Kong', que é simplesmente hilário. Um fenômeno!

E os vilões, que são Kaiju's lendários também são visualmente fascinantes. O 'King Skar' é praticamente um orangotango gigante com traços psicóticos. Sua principal arma é um chicote feito de ossos com um cristal na ponta. Ele usa essa ferramenta para controlar o Shimo, um monstro mítico colossal que foi responsável por trazer a Era do Gelo para o planeta Terra. Ou seja, são oponentes muito qualificados para esse embate épico.

Outro destaque é a viagem mundial que o filme promove. Dessa vez, Roma, Cairo e Rio de Janeiro tiveram a honra de serem destruídas pelos monstros. Existe um certo 'divertimento culposo' em vez o Godzilla e o Kong destruindo pontos turísticos, e a direção explora isso ao máximo.

No entanto, há um ponto fraco, que é o elenco humano. Seus diálogos são essencialmente expositivos, com os personagens aparecendo ali apenas para explicar as cenas inteiras. Chega uma hora que dá uma cansada no público, apesar de ter momentos muito engraçados.

Enfim, apesar de ter esse problema com os humanos, "Godzilla e Kong: O Novo Império" empolga e arranca risadas nas quase duas horas do filme mais divertido do ano. É entretenimento da melhor qualidade.

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