Já tem data para a 77ª edição do Festival de Cannes: 14 a 25 de maio, na Côte d'Azur, na França, com direito à atriz, cineasta e campeã de bilheteria Greta Gerwig (realizadora de "Barbie") como presidente do júri. "Furiosa: Uma Saga Mad Max", de George Miller, com Anya Taylor-Joy, já está assegurado pelo evento, com sessão no dia 15. Fala-se desde já nos títulos de possíveis concorrentes à Palma de Ouro e de potenciais atrações para seções hors-concours. As confirmações serão conhecidas no dia 11. Confira algumas expectativas:
"CHOCOBAR", de Lucrecia Martel (Argentina): Seis anos depois do aclamado "Zama", a diretora argentina aposta nas narrativas documentais, explorando os bastidores políticos da morte do militante indígena Javier Chocobar por latifundiários.
"EMMANUELLE", de Audrey Diwann (França): A diretora de "O Acontecimento", ganhador do Leão de Ouro de Veneza, em 2021, regressa com uma reinvenção do clássico drama erótico de 1974, que foi fenômeno de bilheteria planeta adentro, graças ao carisma da atriz Sylvia Kristel (1952-2012). Agora, o papel da mulher que se reafirma pelas vias do desejo foi confiado a uma talentosa jovem estrela: Noémie Merlant.
"THE SHROUDS", de David Cronenberg (Canadá): O papa do body horror prepara sua volta às telas, depois do cultuado "Crimes of the Future" (2022), recauchutando sua parceria com Vincent Cassel (com quem trabalhou em "Senhores do Crime"). O ator vive Karsh, milionário que cria um instrumento capaz de falar com os mortos.
"THE WAY OF THE WIND", de Terence Malick (EUA): Apoiado num elenco monumental (Matthias Schoenaerts, Mathieu Kassovitz, Aidan Turner, Mark Rylance, Ben Kingsley), o realizador de "A Árvore da Vida" (2011) investiga a vida de Cristo por ângulos inusitados.
"LE MOLIÈRE IMAGINAIRE", de Olivier Py (França): Um dos atores mais consagrados da Europa hoje, Laurent Lafitte encarna o próprio Molière, numa trama ambientada em 1673, quando o dramaturgo apresenta "O Doente Imaginário" e se acometido por um mal de saúde. Seu empenho é permanecer no palco e manter a dignidade.
"THUG", de Hans Peter Molland (EUA): Queridinho de Berlim, o cineasta norueguês retoma sua parceria com o Charles Bronson dos anos 2010/2020, o irlandês Liam Neeson, a fim de narrar a saga crepuscular de um gângster que, cansado do crime, decide fazer as pazes com parentes há muito sumidos.
"PARTHENOPE", de Paolo Sorrentino (Itália): Treze anos depois de "Aqui É O Meu Lugar" (2013), que filmou com Sean Penn, o oscarizado diretor de "A Grande Beleza" (2013) volta a confiar o protagonismo de seu cinema a um astro anglo-saxônico - neste caso, o inglês Gary Oldman. Ele estrela uma narrativa sobre um mito de sereia que encarna na Terra.
"THE APRENTICE", DE Ali Abbasi (EUA): O realizador de "Holy Spider" aposta no talento do eterno Soldado Invernal da Marvel, Sebastian Stan (Urso de Prata na Berlinale por "A Different Man") ao reconstituir a trajetória de um jovem aspirante a milionário chamado Donald Trump.
"A ARCA DE NOÉ", de Sérgio Machado (Brasil): Produzido por Walter Salles e pelos irmãos Caio e Fabiano Gullane, o novo trabalho do realizador de "Cidade Baixa" (2005) resgata, como longa de animação, os sonetos de Vinícius de Moares, outrora transformados em espetáculo musical, agora na forma de aventura. Nela, um trio de ratos (com as vozes de Alice Braga, Rodrigo Santoro e Marcelo Adnet) lutam para escapar do dilúvio.
"ARMORED", de Justin Rout (EUA): Agora que Sylvester Stallone virou cult, com homenagem em Cannes (em 2019) e filme de encerramento no TIFF -Toronto Film Festival (em setembro), é provável que ele brilhe em Cannes no papel de um segurança de transporte de valores que tem o caminhão perseguido por criminosos.
"NOBODY'S HEART", DE ISABEL COIXET (Espanha): A prolífica diretora catalã conhecida por cults como "Fatal" (2008) narra a desagregação de um casal vivido por Gugu Mbatha-Raw e Edgar Ramírez, com base em conto de William Boyd.
