Por: Rodrigo Fonseca | Especial para o Correio da Manhã

Rufam as estéticas da África

O novo longa de Abderrahmane Sissako aborda um amor entre imigrantes chineses e africanos em meio à opressão da xenofobia | Foto: Divulgação

Originalmente chamado de "La Colline Parfumee", a love story egressa da Mautitânia "Black Tea" dá o ar de seu romantismo na competição pelo Urso de Ouro nesta terça-feira, trazendo um realizador com status de mestre, Abderrahmane Sissako, de volta aos holofotes. O filme anterior dele foi indicado ao Oscar, em 2015: "Timbuktu".

Em seu novo experimento autoral, ele fala de um amor entre imigrantes chineses e africanos em meio à opressão da xenofobia. A trama começa do momento em que uma jovem, na Costa do Marfim, diz "Não!", em sua cerimônia de casamento, e se muda para Guangzhou, na China, em busca de sua paixão. O contexto cultural de racismo será o maior adversário da protagonista.

Sissako ganha evidência num momento de apogeu para filmes de países africanos no Festival de Berlim. No domingo, sob as bênçãos dos orixás, "Dahomey", um documentário feito entre o Benin, a França e o Senegal exolodiu na preferência dos críticos na avaliaçãos dos mais finos trabalhos de dramaturgia desta competição. A direção é de Mati Diop, laureada com o Grande Prêmio do Júri de Cannes de 2019 por "Atlantique".

Sua nova produção, de 68 minutos, fala de uma série de relíquias que, ao retornarem ao governo beninês expõem a rapinagem promovida pelo jugo colonial. 

 

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