HAYDA, de Noora Niasari: Filme de encerramento do Festival de Locarno, este feel good drama foi laureado pelo júri popular de Sundance, tendo Cate Blanchett como produtora. Sua protagonista é Zar Amir Ebrahimi, ganhadora do prêmio de Melhor Interpretação em Cannes, em 2022, por "Holy Spider". Na trama, ela é Shayda, iraniana que vive na Austrália e encontra refúgio em um abrigo para mulheres. Depois de fugir e pedir o divórcio de Hossein, seu marido, ela luta para manter uma rotina de normalidade com Mona, a filha de 6 anos. Mas a chegada da festa do Ano Novo persa bagunça sua vida. Circuito: Reserva Cultural 1, às 13h30.
YANNICK, de Quentin Dupieux: É o filme mais maduro do satirista francês responsável por "Rubber, O Pneu Assassino" (2010) e "Fumar Causa Tosse" (2022). A produção levou a Suíça às gargalhadas ao concorrer ao Leopardo de Ouro do Festival de Locarno, em agosto. Sua trama narra o faniquito (carregado de feridas sociológicas) de um espectador de teatro (Raphaël Quenard) que se revolta diante da mirada burguesa da peça que pagou para assistir. Dupieux assina a montagem e a fotografia do longa também. Circuito: Espaço Itaú Frei Caneca, 1530.
MUSSUM, O FILMIS, de Silvio Guindane: Eis a maior aposta de fartas bilheterias para o Brasil deste ano. Ganhou sete Kikitos em Gramado, inclusive o de Melhor Filme. Há quem diga que o autor de campeões de bilheteria Paulo Cursino fez aqui seu melhor roteiro. Cursino bate bola fina com o produtor mineiro André Carreira, que, numa conversa com um dos filhos do eterno trapalhão, idealizou um projeto estimado em R$ 11 milhões para converter em ficção os feitos de Antônio Carlos Bernardes Gomes (1941-1994). Inclua aí sua luta contra a pobreza; a paixão pela Mangueira; o sucesso com os Originais do Samba; e o fenômeno na TV com Didi, Dedé e Zacarias. Ailton Graça vive Mussum na idade adulta, numa atuação de rasgar o peito da plateia. Circuito: Cinemateca Brasileira, 19h.
