Por: Rodrigo Fonseca (Especial para o Correio da Manhã)

Uma hermana em alta

A atriz Dolores Fonzi estreia como diretora em 'Blondi' | Foto: Divulgação

Presença latina cativa na tela dos grandes festivais do mundo, por ser hábil na escolha de roteiros, a atriz argentina Dolores Fonzi surpreendeu San Sebastián em sua estreia como diretora, com a dramédia "Blondi". Uma das estrelas de maior prestígio do cinema hispano-americano em atividade, consagrada por dramas como "Paulina" (2015), ela passa à direção com uma narrativa leve (e comovente) sobre os dilemas de amadurecer. Dolores ainda assume o papel principal, vivendo Blondi, que considera ter sido mãe cedo demais. A dificuldade de lidar com o ônus da maternidade a leva a ter uma relação nada ortodoxa com seu filho, sem saber como dar conta dos percalços da vida adulta.

Falando de Argentina... em sua sessão de clássicos revisitados, San Sebastián resgata o fenômeno portenho "Nove Rainhas" ("Nueve Reinas", 2000), de Fabián Bielinsky:, O filme que apresentou Ricardo Darín ao Brasil, antes de "O Filho da Noiva" (2001), também estrelado por ele, concorrer ao Oscar. Cheia de reviravoltas, a trama acompanha os percalços de dois vigaristas (Darín e Gastón Pauls, laureados com um prêmio duplo de Melhor Interpretação no Festival de Biarritz) para enganar um filatelista com uma coleção de selos rara.