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Identidade a ser relevada

A sabedoria dos orixás e as práticas religiosas dos povos escravizados são o ponto de partida do carioca Caio Truci nas telas expostas no Centro Cultural dos Correios | Foto: Divulgação

Oartista plástico carioca Caio Truci apresenta a exposição "Àwúre", que, em yorubá, significa o ato de pedirmos a benção, retratando os orixás de diversas maneiras e fazendo o espectador se conectar à sua ancestralidade. Com curadoria de Carlos Bertão, o artista apresenta obras de diversas dimensões em óleo sobre tela e óleo sobre papel.

Para Truci, a ancestralidade é a semente que foi plantada pelos avós e que está sendo colhida pelos netos, sendo mais do que saber de onde vieram seus antepassados. É como redescobrir a identidade que foi deturpada durante anos de história e que nos fizeram construir uma visão perdida de quem nós somos.

"'Àwúre' é o resgate de um tempo marcado por luta, opressão e fé de um povo escravizado, trazendo o que ficou de mais valioso dessa herança - a fé e a religiosidade", diz o artista, arquiteto e urbanista de formação, que representa os próprios orixás de maneiras diversas. E no processo de criação mescla o passado e os orixás, já contemporâneos, no qual compõem um diálogo com o mundo em que vivemos.

SERVIÇO

ÀWÚRE

Centro Cultural Correios RJ (Rua Visconde de Itaboraí, 20 - Centro)

Até 24/4, de terça a sábado (12h às 19h) | Entrada franca

 

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